"Um total de nove casos e seis mortes foram registados durante a epidemia, que foi declarada a 21 de Março", anunciou a OMS, em comunicado.
"O último caso confirmado teve um resultado negativo no segundo teste de Marburgo, em 19 de Abril, desencadeando a contagem decrescente obrigatória de 42 dias para declarar o fim da epidemia", declarou a OMS, exprimindo satisfação.
O vírus de Marburgo é um agente patogénico altamente perigoso que provoca febre alta, frequentemente acompanhada de hemorragias que afectam vários órgãos e reduzem a capacidade de funcionamento do organismo.
Pertence à família dos filovírus, que inclui também o vírus Ébola, que já causou várias epidemias mortais em África.
O hospedeiro natural do vírus de Marburgo é o morcego africano da fruta, que transporta o vírus mas não adoece.
Os animais podem transmiti-lo aos primatas que vivem perto deles, incluindo os seres humanos. A transmissão intra-humana ocorre através do contacto com sangue ou outros fluidos corporais.
De acordo com a OMS, a taxa de mortalidade dos casos confirmados variou entre 24% e 88% (com uma média de pouco menos de 50%) em epidemias anteriores, dependendo da estirpe do vírus e do tratamento dado aos doentes.
Não existe actualmente nenhuma vacina ou tratamento anti-viral, mas estão a ser avaliados tratamentos experimentais, incluindo derivados do sangue, imunoterapias e terapias medicamentosas, de acordo com a OMS.
Doze pessoas morreram também da doença do vírus de Marburgo na Guiné Equatorial, num surto notificado pela primeira vez em 7 de Janeiro.
Outras epidemias ou casos isolados foram registados no passado na África do Sul, Angola, Quénia e República Democrática do Congo.