Sociedade
07 Abril de 2024 | 16h15

Angolanos na diáspora realçam importância do canal do Cafu

Cidadãos angolanos residentes na diáspora sublinharam, sábado, em Ombadja, província do Cunene, a importância do canal do Cafu para o desenvolvimento da agricultura e a contribuição para a atracção de investimento estrangeiro para a região.

O canal consiste num sistema de captação e transferência de água do rio Cunene para várias povoações, através de um condutor com 165 quilómetros de extensão, no quadro do combate à seca na província.

Falando à imprensa, durante uma visita ao projecto, a cidadã Josefa Albino, chefe da delegação de angolanos residentes na Espanha, reconheceu o investimento do Executivo neste projecto, tendo referido que o mesmo oferece condições para atrair investidores na agricultura e criação de gado.

"O canal abre portas para os empresários aproveitarem a água e energia, para criarem empreendimentos que visam impulsionar uma agricultura mais sustentável para a diversificação da economia no país”, frisou.

No seu entender, além da contribuição do petróleo e dos diamantes, o país precisa de alavancar a agricultura e este é o trabalho que o Executivo liderado pelo Presidente João Lourenço esta a fazer.

Josefa Albino considerou satisfatória a presença no Cunene, onde visitaram vários empreendimentos sociais, na certeza de que os mesmos proporcionarão o crescimento económico e sustentável, para o bem-estar das populações locais.

Afirmou que o grupo ficou com boa imagem do trabalho realizado pelo Governo, pelo que vai transmitir as realizações aos demais angolanos residentes na diáspora, como forma de reconhecer, valorizar e contribuírem para uma Angola melhor.

Por sua vez, o chefe da delegação de Portugal, José do Rosário, disse existir um grande potencial que deve ser divulgado e mais explorado, para incentivar a produção agrícola e o aproveitamento dos derivados do gado, como a pele e o chifre.

"Esta imagem é uma oportunidade que vou levar para Portugal, com vista a captar investidores, porque nós, como angolanos em qualquer lugar, devemos nos sentir responsáveis pelo desenvolvimento da nossa terra”, sublinhou.

Referiu ser obrigação moral e patriótica de todos contribuírem para o desenvolvimento do país, sobretudo na agricultura, pois existe o essencial para que funcione em maior escala.

Acompanhada da governadora do Cunene, Gerdina Didalelwa, a comitiva de 33 cidadãos nacionais residentes em diferentes países visitou igualmente o Posto Aduaneiro da Santa Clara, a estátua do rei Mandume ya Ndemufayo e a centralidade Fernando Kevano.

O canal do Cafu é o primeiro de cinco projectos criados pelo Governo angolano no quadro do programa de acções estruturantes de combate à seca na província do Cunene, que está a beneficiar 235 mil pessoas dos municípios de Ombadja, Cuanhama e Namacunde.

Tem 30 chimpacas, com 100 metros de comprimento, 50 de largura e seis de profundidade. A sua capacidade de armazenamento de água varia entre 25 mil a 30 mil metros cúbicos.