Internacional
06 Março de 2024 | 14h53

Países Baixos inauguram primeiro museu do Holocausto

O Rei dos Países Baixos, Willem-Alexander, vai inaugurar, no domingo, 10, o primeiro museu do Holocausto, localizado em Amesterdão, 80 anos após a Segunda Guerra Mundial.

Uniformes listados de Auschwitz, botões de roupas arrancados à chegada ao campo de extermínio de Sobibor, cartas e fotos, o museu exibe 2.500 objectos, a maioria dos quais nunca foi mostrada ao público.

Antes da guerra e da ocupação nazi, os Países Baixos eram o lar de cerca de 140 mil judeus, principalmente em Amesterdão, sendo que 102 mil destes foram mortos no Holocausto, ou seja, cerca de 75%.

De acordo com a Lusa, o edifício que abriga o museu, uma antiga creche localizada no histórico bairro judeu do centro de Amesterdão, desempenhou um papel vital na história do Holocausto nos Países Baixos.

Do outro lado da rua há um teatro para onde famílias judias foram levadas enquanto esperavam para serem deportadas para os campos de extermínio.

Cerca de 600 crianças foram 'contrabandeadas', a maioria em caixas ou cestos, debaixo do nariz dos guardas nazis, e levadas para um local seguro pela resistência neerlandesa.

Os visitantes do museu têm a oportunidade de seguir os passos destas crianças, pelo corredor por onde fugiram. Fotos de bebés e crianças que não sobreviveram preenchem as paredes.

O museu também mostra textos das leis antijudaicas que os nazis impuseram à comunidade, incluindo a exigência de 1942 de usar uma estrela de David amarela e fotos das vítimas, juntamente com informações sobre as suas vidas.

Não muito longe do museu fica a casa de Anne Frank, a adolescente judia que se refugiou com a família num anexo secreto durante dois anos para escapar aos nazis antes de morrer em Bergen-Belsen, aos 16 anos, em 1945. O seu diário tornou-se numa das histórias mais poderosas do Holocausto.

Fonte: JA