Saúde
01 Março de 2024 | 11h41

Oftamologista alerta para o perigo da conjuntivite mal tratada

A chefe de serviço de oftalmologia do Hospital Josina Machel, Rosa Fernandes, alertou, esta sexta-feira, a população para evitar o tratamento inapropriado da conjuntivite, que pode provocar danos irreversíveis, entre as quais a cegueira.

Em declarações à ANGOP, a propósito do aumento de pacientes com esta patologia, a médica considerou um mito o uso de leite materno, urina, óleo de palma, entre outros, para a cura da conjuntivite viral .

A especialista disse que os olhos, apesar de possuírem uma protecção natural proporcionada pelas cavidades oculares, pálpebras e cílios, os mesmos são notoriamente frágeis e susceptíveis a lesões graves.

Por isso, recomenda a todas as pessoas, sobretudo aos pais, a evitarem o tratamento caseiro da doença.

"Muitas pessoas se colocam à prova destas experiências, colocando os olhos em risco, seguindo determinadas crenças populares”, alertou.

Informou que o Hospital Josina Machel recebe diversos casos de pacientes com problemas oculares, por usarem os produtos acima referidos, agravando o seu quadro clínico.

Rosa Fernandes deu a conhecer que a unidade recebe 18 a 20 pacientes com conjuntivite viral e hemorrágica por dia.

Causas e sintomas da conjuntivite

A conjuntivite hemorrágica é uma doença altamente contagiosa, caracterizada por hemorragia subconjuntival, inchaço repentino das pálpebras e congestão, vermelhidão e dor no olho.

As causas da conjuntivite podem ser de diversa ordem, sendo a mais comum a infecção provocada por alguns tipos de agentes patogénicos,  sobretudo bactérias, podendo também ser vírus e fungos.

Pode também ser causada por agentes químicos e físicos de ordem diversa, como corpos estranhos, calor intenso, gases irritantes, raios ultravioleta, fumos, entre outros.

Os sintomas iniciais mais frequentes são o lacrimejo, a fotofobia, a sensibilidade à luz e a vermelhidão.