Durante o evento que discute as questões da proibição de subsídios que contribuem para a sobre pesca e a tributação digital, a directora da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, alertou sobre a difícil tarefa que o órgão tem pela frente, tendo em conta o contexto de instabilidade e de recuperação desigual da pandemia.
"Olhando em torno da incerteza e da instabilidade por todo o lado. As tensões geopolíticas pioraram. O conflito espalhou-se, como vemos aqui no Médio Oriente e longe das manchetes, em partes de África e do mundo árabe. Não devemos esquecer o conflito no Sudão, que tem deslocou perto de 8 milhões de pessoas internamente e através das fronteiras, ou o conflito no leste da República Democrática do Congo", disse a responsável, citada pelo Africanews.
Por sua vez, a presidente do Conselho Geral da OMC, Athaliah Lesiba Molokomme enfatizou a urgência da reunião, sublinhando a necessidade de uma acção colectiva no meio de incertezas económicas e tensões geopolíticas, assim como de orientar o OMC no sentido de enfrentar eficazmente os desafios contemporâneos.
"Os preços mais elevados dos alimentos, da energia, dos fertilizantes e de outros produtos essenciais continuam a pesar sobre o poder de compra das pessoas, alimentando a frustração política. As perturbações no transporte marítimo em vias navegáveis vitais como o Mar Vermelho e o Canal do Panamá, uma nova fonte de atrasos e de pressão inflacionista, oferecem um verdadeiro um lembrete constante dos riscos que os problemas de segurança e a crise climática representam para o comércio e a produção globais", disse a responsável e representante do Botswana.
As eleições estão programadas para este ano em mais de 50 países. O resultado destas deliberações e eleições deverá influenciar significativamente a trajectória da OMC e da economia global, sublinhando a importância de esforços proactivos e colaborativos para enfrentar os desafios futuros.
Fonte: JA