Internacional
16 Fevereiro de 2024 | 13h20

Stoltenberg reage à morte de Navalny: "É importante apurar os factos"

O secretário-geral da NATO lamentou, esta sexta-feira, a morte de Alexei Navalny, o principal opositor do regime russo.

secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg lamentou, esta sexta-feira, a morte de Alexei Navalny, o principal opositor do regime russo.

"Hoje os meus pensamentos estão com a sua família e os seus amigos", começou por referir em declarações aos jornalistas, na Alemanha, descrevendo Alexei Navalny como um "homem que lutou pela democracia e pela liberdade" na Rússia "durante tantos anos."

"É importante apurar todos os factos. O que sabemos é que a Rússia tem exercido um poder cada vez mais totalitário contra os opositores de Putin", acrescentou.

Questionado sobre o facto de as eleições presidenciais russas estarem próximas e se poderia haver alguma relação com a morte de Navalny, Stoltenberg afirmou não querer "especular" e pediu "à Rússia que todos os factos sejam determinados e que todas as perguntas sejam respondidas".

O líder da oposição russa, Alexei Navalny, morreu esta sexta-feira, aos 47 anos, segundo avançaram os Serviços Prisionais Federais (FSIN), num comunicado citado pela imprensa internacional.

"A 16 de fevereiro de 2024, na colónia prisional n.º 3, o recluso AA Navalny sentiu-se mal depois de uma caminhada, perdendo quase imediatamente a consciência", refere a nota do FSIN da região ártica de Yamal-Nenets, onde se situa a colónia penal onde Navalny cumpria uma pena de 19 anos de prisão.

"O pessoal médico da instituição chegou imediatamente ao local e foi chamada uma equipa de emergência médica. Foram efetuadas todas as medidas de reanimação necessárias, mas sem resultados positivos", acrescenta. 

As causas da morte de Navalny estão a ser apuradas. De acordo com a imprensa estatal russa, o Kremlin confirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, já foi informado. O porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, disse ainda que são desconhecidas as causas da morte. "Os médicos têm de esclarecer", disse Peskov, citado pela agência TASS, depois dos serviços prisionais confirmarem a morte do conhecido opositor.

Fonte: NM