A par disso, muitos haveres das famílias afectadas, ficaram soterrados e danificados, fazendo com que mais de 100 crianças abandonassem as aulas, devido à falta de materiais didácticos e vestuários.
O vice-governador de Malanje para o sector Político, Social e Económico, Franco Mufinda, constatou quinta-feira, no local, as condições a que estão submetidos os agregados afectados, tendo realçado que da avaliação feita pela Comissão Provincial de Protecção Civil, concluiu-se que os sinistros não ocorreram apenas devido às chuvas, mas pelo facto das moradias estarem erguidas em zona pantanosa e de risco.
Precisou que em função disso, os moradores deverão abandonar o local e alojar-se em casas de familiares ou em outros locais mais seguros, enquanto aguardam por uma medida imediata do governo que tem a ver com a entrega de terrenos loteados para a autoconstrução dirigida.
Fez saber que a situação regista-se igualmente em outros municípios da província, razão pela qual o governo está a trabalhar para dar respostas seguras a essa problemática.
Por sua vez, o administrador municipal de Cangandala, Dilangue Baião fez saber que a par dessas, outras moradias encontram-se em risco de desabamento, sendo que estão construídas em zonas de risco.
Acrescentou que a problemática das enxurradas na referida localidade regista-se desde o mês de Novembro de 2023, realçando que, para além da evacuação, os sinistrados vão receber chapas de zinco, roupas usadas, medicamentos e alimentos, uma vez que os mesmos têm também as suas lavras inundadas.
Enquanto isso, as autoridades tradicionais e a Comissão de moradores de Utende, clamam por apoios urgente do governo, principalmente para permitir o retorno das crianças às escolas.
A localidade de Utende constitui uma aldeia da sede municipal de Cangandala, que conta com uma população maioritariamente camponesa estimada em mais de mil habitantes.