Internacional
09 Fevereiro de 2024 | 16h16

Aliyev vence presidenciais no Azerbaijão com maioria de 92,12%

firmando-se "preocupados" com a votação, os observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) afirmaram quinta-feira que as eleições decorreram num ambiente "restritivo e sem verdadeira competição política".

Aliyev está no poder há mais de 20 anos e convocou eleições antecipadas numa altura em que gozava de um aumento de popularidade, depois de as tropas azeris terem recuperado rapidamente a região de Nagorno-Karabakh aos separatistas de etnia arménia que a controlavam há três décadas.

O Presidente está agora a caminho de um novo mandato de sete anos.

As eleições de quarta-feira "decorreram num ambiente restritivo e foram marcadas pelo abafamento das vozes críticas", afirmou Artur Gerasymov, coordenador especial e líder do grupo de observadores eleitorais da OSCE no Azerbaijão.

"[Aliyev] não foi contestado de forma significativa" e, devido às limitações impostas aos meios de comunicação social independentes, à sociedade civil e a outros partidos políticos, a competição foi "desprovida de um pluralismo genuíno", denunciou Gerasymov.

O líder do grupo de observadores eleitorais da OSCE no Azerbaijão acrescentou que a "quase ausência de informação analítica" nos meios de comunicação social azeris impediu os eleitores de fazerem uma escolha informada.

Analistas locais e internacionais citados pela agência noticiosa Associated Press (AP) sugerem que Aliyev antecipou as eleições para capitalizar o aumento da sua popularidade após o ataque de setembro em Nagorno-Karabakh e que poder. 

Estará novamente na ribalta em novembro, quando o Azerbaijão, um país que depende fortemente das receitas dos combustíveis fósseis, acolher uma conferência da ONU sobre alterações climáticas.

Aliyev, 62 anos, está no poder desde 2003, quando sucedeu ao seu pai, que foi chefe comunista do Azerbaijão e depois Presidente durante uma década, quando o país se tornou independente após o colapso da União Soviética, em 1991.

O chefe de Estado tinha declarado que queria que esta eleição "marcasse o início de uma nova era", em que o Azerbaijão tivesse controlo total sobre o seu território. 

Fonte: NM