Economia
29 Janeiro de 2024 | 11h40

Governo reafirma apoio à produção de arroz no país

O secretário de Estado para a Agricultura e Pecuária, João Cunha, reiterou o apoio do Governo ao incremento da produção de arroz no país, com à vista reduzir significativamente a sua importação e poupar recurso financeiros.

Actualmente, a produção de arroz em Angola ainda é deficitária, uma situação que leva o país a gastar avultados recursos financeiros com a importação de grandes quantidades para garantir o consumo interno.

Para reverter o cenário, o Governo está a implementar o Plano Nacional de Fomento à Produção de Grãos (Planagrão), o qual tem como meta aumentar a produção para até 3, 14 milhões de toneladas de arroz, trigo, soja, milho e feijão, em cinco anos.

Para reverter o cenário, o Governo está a implementar o Plano Nacional de Fomento à Produção de Grãos (Planagrão), que tem como meta aumentar a produção para até 3,14 milhões de toneladas de arroz, trigo, soja, milho e feijão, em cinco anos.

É nesse contexto que o secretário de Estado sublinhou que a produção de arroz é de tal modo importante para o país, que foi eleita como cultura bandeira para a campanha agrícola 2023-2024.

De acordo com o dirigente, a suspensão das exportações de arroz da Índia, maior produtor mundial, está a motivar a subida do preço no mercado internacional, o que é uma oportunidade para Angola apostar na produção interna. 

Intervindo na apresentação dos resultados dos primeiros ensaios técnicos com arroz de sequeiro em terras altas, na Fazenda Agro-Pecuária Nelson Rodrigues (NR), João Cunha deixou garantias de que o Governo está a fazer tudo para que o país aumente a produção de arroz para o seu consumo, com vista a reduzir as importações.

"O arroz é hoje um dos alimentos de extrema importância que pesa bastante na nossa cesta básica para alimentar a população”, referiu.

Também defende que há condições objectivas, nomeadamente edafoclimáticas e homens disponíveis para que se possa praticar esta cultura, tal como no passado.

Sobre o apoio do Governo ao sector agrícola empresarial e familiar, ressaltou a assistência técnica, redução do preço dos insumos agrícolas e financiamento, para que se produza cada vez mais.

Para o efeito, destacou a operacionalização do Fundo de Garantia de Crédito (FGC), do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) e do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA), que têm estado a conceder créditos para que os agricultores produzam sem grandes dificuldades.

Outro incentivo, disse, é a definição de um preço mínimo para o arroz, o que, a seu ver, vai beneficiar os produtores sem condições de escoar, uma vez que o Governo vai poder comprar o cereal a preço que não vai prejudicar a produção.

Elencou, ainda, o apoio técnico do Instituto de Investigação Agronómica e o Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), de maneira que se possa cultivar de forma correcta, com um pacote tecnológico mais adequado a esta cultura e, assim, proporcionar rendimentos satisfatórios para criar mais empregos e bem-estar social.

Dessa forma, desafiou os produtores a se organizarem em cooperativas e de forma individual, ao mesmo tempo que pediu às administrações municipais e ao Gabinete Provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas a facilitar o processo da legalização dos espaços, visando o acesso ao crédito.

Marco importante

Para o secretário de Estado, o "Dia de Campo do arroz de terras altas” é um marco importante e concorre também para o objectivo de produzir arroz de qualidade no nosso país, para alimentar a população e criar riqueza.

A seu ver, este acto reveste-se de grande importância porque estão a ser ensaiadas novas variedades de arroz, que vão permitir aumentar a produtividade e o rendimento dos produtores.

"As informações levam-nos a crer que temos resultados muito interessantes, o que vai permitir aos agricultores e camponeses do Dombe Grande poderem produzir também arroz localmente em grande quantidade”, observou.

Felizmente, segundo o governante, esta grande revolução agrícola, com foco na produção do arroz, já está a acontecer em outras províncias, como Malanje, Uíge, Moxico, Cuando Cubango, Huambo e Bié.

"Ficaríamos bastante satisfeitos se isso também acontecesse aqui na província de Benguela, e em particular no vale do Dombe Grande.