Ganga Júnior  presidiu a conferência de imprensa de apresentação do balanço das actividades do ano findo.

Na ocasião, deu conta de que  o decréscimo no lucro  obtido foi motivado pelos investimentos em projectos de prospecção, reforço da actividade mineira e dificuldades na comercialização de diamantes no mercado internacional. O lucro líquido da Endiama situou-se nos 28,7 milhões de dólares, uma queda de 72,5 por cento, em relação aos resultados de  2022. Naquele ano, a empresa reportou um resultado de 104,7 milhões de dólares.

De acordo com Ganga Júnior, 2023 ficou marcado pela  baixa do preço médio do quilate de diamante, em mais de 50 por cento, comparativamente a 2022, motivo pelo qual, ainda que os resultados sejam provisórios, não se pode esperar por um resultado líquido acima dos 30 milhões de dólares.

"Todo esse conjunto de problemas fez com que  os nossos resultados previsíveis (porque as contas não estão fechadas) não devem passar dos 30 milhões. As contas foram impactadas com a queda do preço, havendo empresas que chegaram a comercializar o produto abaixo dos 50 por cento em relação ao ano anterior", disse.

Segundo dados apresentados, no exercício de 2023, foram realizados  54 projectos de prospecção, 10 dos quais de fontes primárias (kimberlitos) e 44 secundários (aluvionais), numa altura em que são contabilizados 24 projectos em produção, repartidos quatro primários e 20 secundários.

Perspectiva para 2024

A principal meta da ENDIAMA no presente ano, passa pelo alcance de uma produção de 14,6 milhões de quilates, a fim de elevar as receitas na ordem dos 2,5 mil milhões de dólares para "obtermos uma receita bruta de 2,5 mil milhões de dólares".

O objectivo é bastante desafiador depois de um ano em que as actividades de produção geraram um total de 9,7 milhões de quilates.