Saúde
14 Janeiro de 2024 | 02h05

Huambo ganha primeiro Centro de Hemodiálise público

Os doentes com insuficiência renal crónica e aguda, na província do Huambo, foram contemplados este sábado com um Centro de Hemodiálise, com capacidade para 19 camas, inaugurado pelo Presidente da República, João Lourenço.

Localizado no Hospital Sanatório do Huambo, o Centro de Hemodiálise foi reabilitado com fundos públicos, sob tutela do Ministério da Saúde.

Possui uma sala de diálise com 50 máquinas de alta tecnologia, responsáveis pela filtragem do sangue e garantem um atendimento simultâneo de pacientes.

A unidade sanitária passa, doravante, atender os doentes com insuficiência renal crónica e aguda em três sessões de diálise por semana e conta com a instalação de uma fábrica de oxigénio, além de outros serviços hospitalares.

Em média diária, o hospital tem capacidade para atender mais de 40 doentes nos serviços de ambulatórios de hemodiálise. 

Além do novo Centro de Hemodiálise, a região do Planalto Central dispõe de um outro, privado, inaugurado em Setembro de 2013, que funciona dentro do perímetro do Hospital Geral do Huambo.

A hemodiálise é um tratamento para pacientes com insuficiência renal aguda ou crónica. Em Angola, estima-se que existam mais de três mil  pessoas com essa doença.

A mortalidade causada por esta insuficiência em Angola ainda é preocupante, e os custos relacionados com a evacuação e tratamento no exterior são elevados, impossibilitando, na maioria dos casos, o seu tratamento.

O aumento de casos de doentes no país com patologias hemato-oncológica, linfomas, leucemias, anemias de células falciformes, aplasias medular, cujo único tratamento colectivo consiste no transplante, configura, também, preocupação para as autoridades, que pode ser aliviada com o início de transplantes no país.

O Parlamento angolano aprovou, em 2020, a Lei sobre Transplantes de Tecidos, Células e Órgãos Humanos, que responde à necessidade de assegurar, no país, o tratamento de diversas doenças por meio de transplante.

Com a aprovação do diploma, os hospitais públicos e privados estão autorizados por lei, pela primeira vez em Angola, a fazer o transplante de órgãos humanos a pacientes com insuficiência renal e com outras doenças que precisem de transplante da medula óssea ou com problemas oculares que necessitem do transplante da córnea.