Internacional
20 Dezembro de 2023 | 10h22

Israel propõe uma semana de trégua; Líder do Hamas já no Cairo

O conflito continua sem dar tréguas e a destruição e a morte continuam a assombrar a Faixa de Gaza, considerado, "de longe, o sítio mais perigoso do mundo para ser uma criança", tal como realçou ontem a UNICEF.

Esta quarta-feira, o líder do Hamas é esperado no Egito para negociar um cessar-fogo e uma eventual troca de prisioneiros com Israel.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, disse que o país "está preparado" para outra trégua que permita a libertação de reféns, embora tenha salientado que toda a responsabilidade está nas mãos do Hamas. O grupo islamita, por sua vez, alertou que não negociará a libertação de reféns enquanto a ofensiva militar de Israel na Faixa continuar.

A guerra entre Israel e o Hamas destruiu, em pouco mais de dois meses, cerca de dois terços do emprego em Gaza (66%) e quase um terço (32%) do emprego na Cisjordânia, revela hoje um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, já chegou ao Cairo, onde irá manter conversações com autoridades egípcias para negociar um cessar-fogo e uma eventual troca de prisioneiros com Israel.

Israel propôs ao Hamas uma semana de tréguas, em troca da libertação de cerca de 40 reféns. A informação é avançada pela CNN, que cita responsáveis israelitas e uma fonte familiarizada com o assunto.

Esta proposta será apresentada através de mediadores do Catar. 

Já à Reuters, uma fonte avançou que estão em curso intensas negociações sobre uma nova trégua, com o número de pessoas libertadas entre ambas as partes a ser discutido.

A ONU disse hoje ter detetado mais de 360 mil casos de doenças infecciosas entre os 1,4 milhões de refugiados nas instalações da organização em Gaza, devido às más condições de higiene e à falta de alimentos.


O embaixador israelita nos EUA, Michael Herzog, afirmou que Israel está preparado para interromper os combates em Gaza, em troca da liberdade do maior número possível de reféns.

À CNN, o responsável disse que é "prematuro" estar a falar sobre o assunto, mas disse esperar que "sob a pressão no terreno" e a "pressão" do Qatar, o Hamas possa aceitar um acordo.

O líder do Hamas, que esta quarta-feira é esperado no Egito, esteve reunido com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão.

Nas redes sociais, foram divulgadas imagens do encontro.

O primeiro-ministro malaio, Anwar Ibrahim, indicou que esta decisão se deve às ações militares de Israel em Gaza, em violação de "princípios humanitários fundamentais" e da "lei universal devido a massacres e atrocidades contra civis palestinianos", de acordo com um comunicado.