Economia
18 Dezembro de 2023 | 10h20

Zâmbia avança com infra-estruturas para apoio ao Corredor do Lobito

O ministro dos Transportes da Zâmbia, Museba Frank Tayali, afirmou este fim-de-semana, nesta cidade, que o seu Governo está a dar "grandes avanços" em infra-estruturas para apoio ao Corredor do Lobito.

Apesar de não ter especificado, o governante zambiano disse à imprensa que a região de Coperbelt, noroeste do seu país, é onde se regista a existência de minerais essenciais a serem transportados pelo Corredor.

Segundo ele, no dia 14 de Dezembro deste ano, o Parlamento da Zâmbia ractificou um documento relacionado com o Corredor do Lobito, que considerou como um marco importante para a integração e envolvimento no projecto.

Museba Tayali agradeceu o facto de Angola ter organizado a primeira reunião do Comité de Ministros e ter dado o primeiro passo para o seu financiamento.

Pontos como o intercâmbio e mobilidade de bens e serviços, postos de descanso para os motoristas de camiões, bem como a melhoria dos postos fronteiriços ao longo do Corredor, para facilitar a transição, foram tidos em conta, segundo o ministro.

"O nosso foco não é simplesmente o intercâmbio de minérios, mas também outros produtos, como os agrícolas, que poderão ser movimentados no Corredor", considerou.

Por outro lado, o representante do ministro congolês dos Transportes afirmou que o seu país está a reabilitar e a construir infra-estruturas para apoio ao Corredor do Lobito.

Lembrou que desde os anos 60, o Corredor sempre foi a principal via de exportação dos minérios da RDC para a Europa e para as Américas.

"Este é um momento de satisfação geral por parte da população do meu país", sublinhou.

Por sua vez, o vice-governador de Benguela para a área técnica e infra-estruturas, Adilson Gonçalves, em representação ao governador Luís Nunes, agradeceu a presença e destacou a importância dos participantes à primeira reunião do Comité de Ministros.

Disse que este acordo configura-se como uma demonstração de grande compromisso e aposta no desenvolvimento da economia dos países envolvidos, para uma maior fluidez das trocas comerciais, no quadro da zona livre do comércio continental africano e internacional.

"O Corredor do Lobito vai dinamizar as exportações dos nossos países com destaque para os produtos agrícolas e minerais para o mundo, a preços mais competitivos, com maior fluidez, rapidez e segurança nos transportes ferroviário e maritimo", afirmou.

Fonte: Angop