A operação teve início quando a Guardia Civil realizou uma inspecção a um camião que transportava azeite em Manzanares (Ciudad Real), tendo sido detectadas uma série de anomalias. A partir daqui, deu-se início  à 'Operação Omegabad'.

Segundo explica o La Vanguardia, os acusados recorreram, em Espanha, a uma empresa ligada ao processo de aquisição de azeites de categoria inferior para fazer alterações na categoria de azeites turvos para lampantes (azeite virgem de qualidade inferior), para os converter em virgens e virgens extra. Aqui, misturaram os azeites turvos, um subproduto do azeite, com azeite de melhor qualidade para obter parâmetros de gordura e eritrodiol adequados para permitir o comércio.

Já em Itália, duas empresas reuniram azeites provenientes da maioria dos principais países produtores de azeitona, que davam entrada na União Europeia através de Portugal, utilizando os mesmos processos de contrafacção e manipulação que em Espanha.

De acordo com o Notícias ao Minuto, que avança a informação, a operação foi realizada em coordenação com os Carabinieri e a Europol em simultâneo, em Espanha e Itália, em instalações de engarrafamento e armazéns de azeite na Ciudad Real, Jaén e Córdoba, tendo sido detidas 11 pessoas.

Durante as buscas, foram, ainda, apreendidos 16 depósitos de azeite e mais de 5.200 litros de azeite adulterado pronto a ser vendido ao público. As autoridades apreenderam mais de 91 mil euros em dinheiro, quatro veículos topo de gama e congelaram várias contas bancárias.