Economia
27 Outubro de 2023 | 15h59

Angola vai vender energia a países vizinhos

O ministro da Energias e Águas apontou, quinta-feira, em Luanda, a realização de um milhão e 700 mil ligações domiciliares nos próximos três anos, e a venda de quatro gigawatts superavitários para os países fronteiriços como as principais metas a serem alcançadas até 2027.

João Baptista Borges prestou estas declarações aos jornalistas à margem da 7.ª Edição do Mercado Africano de Energia, que a capital do país acolheu, subordinada ao tema "Acelerando as Reformas do Sector Energético e Aumentando os Investimentos no Sector Energético",             e que juntou mais de 600 individualidades nacionais  e estrangeiras.

Numa iniciativa do Banco Africano de Desenvolvimento, em parceria com o  Instituto Tony Blair para Mudança Global, o certame serviu para uma análise sobre os investimentos realizados pelo Executivo na produção de energia eléctrica, em busca de soluções para os principais obstáculos, altura em que Angola assume liderança na diversificação da matriz eléctrica, com uma capacidade instalada de 6,3 megawatts.

De acordo com o titular da pasta da Energia e Águas, apesar do excedente, a cobertura interna ainda é de 43 por cento, ou seja, apenas são consumidos dois gigawatts, o que justifica a necessidade de se investir em linhas de transportes para diferentes regiões do país, com destaque para o  Leste e Sul de Angola.

A cobertura de  ligações domiciliárias nos próximos três anos, segundo João Baptista Borges, é equivalente a mais de 250 mil ligações por ano, sem perder de vista que o crescimento demográfico no país se situa acima de um milhão de habitantes por ano.

João Baptista Borges enalteceu, por outro lado,  o facto de o BAD ter financiado 17 mil milhões de dólares para os próximos cinco anos, destinados à execução de vários projectos, entre os quais a construção de uma  linha de transporte de energia eléctrica entre o Huambo e o Lubango, que permitirá a montagem de cerca de  1,3 milhões de contadores pré-pagos da responsabilidade da Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE), com vista a reduzir perdas comerciais e aumentar a arrecadação de receitas.

Fonte: JA