Numa iniciativa do Banco Africano de Desenvolvimento, em parceria com o Instituto Tony Blair para Mudança Global, o certame serviu para uma análise sobre os investimentos realizados pelo Executivo na produção de energia eléctrica, em busca de soluções para os principais obstáculos, altura em que Angola assume liderança na diversificação da matriz eléctrica, com uma capacidade instalada de 6,3 megawatts.
De acordo com o titular da pasta da Energia e Águas, apesar do excedente, a cobertura interna ainda é de 43 por cento, ou seja, apenas são consumidos dois gigawatts, o que justifica a necessidade de se investir em linhas de transportes para diferentes regiões do país, com destaque para o Leste e Sul de Angola.
A cobertura de ligações domiciliárias nos próximos três anos, segundo João Baptista Borges, é equivalente a mais de 250 mil ligações por ano, sem perder de vista que o crescimento demográfico no país se situa acima de um milhão de habitantes por ano.
João Baptista Borges enalteceu, por outro lado, o facto de o BAD ter financiado 17 mil milhões de dólares para os próximos cinco anos, destinados à execução de vários projectos, entre os quais a construção de uma linha de transporte de energia eléctrica entre o Huambo e o Lubango, que permitirá a montagem de cerca de 1,3 milhões de contadores pré-pagos da responsabilidade da Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE), com vista a reduzir perdas comerciais e aumentar a arrecadação de receitas.
Fonte: JA