Sociedade
06 Outubro de 2023 | 16h57

Angola elabora plano de vigilância epidemiológica e controlo de infecções

Angola tem já elaborado o Plano de Transição da Covid-19, com a finalidade de manter as acções de prevenção, vigilância epidemiológica, laboratorial, biossegurança e controlo de infecções. A informação foi avançada, quinta-feira, em Luanda pela directora nacional de Saúde Pública.

Helga Freitas disse, por ocasião da cerimónia de encerramento do Projecto Internacional Task Force para resposta à pandemia da Covid-19, iniciativa da Rede Africana de Epidemiologia de Campo (AFENET), que a vigilância laboratorial é uma capacidade básica e fundamental para os Sistemas de Saúde responderem às emergências nos termos previstos no Regulamento Sanitário Internacional.

"Um dos elementos chave para o sucesso da resposta à pandemia da Covid-19 foi a criação de uma estrutura multissectorial e multidisciplinar, seguindo o roteiro do Plano de Contingência, para a tomada de decisões”, disse, acrescentando que a estrutura assegurou a coordenação das acções, assim como facilitou o financiamento dos recursos disponíveis.

"Por meio deste programa foi possível orientar a resposta do Governo de Angola, durante a pandemia da Covid-19, de maneira rápida e eficaz desde o início, com medidas de contenção adoptadas precocemente, que foram sendo ajustadas gradualmente de acordo com a situação epidemiológica”, explicou.

Helga Freitas destacou ainda a coordenação operacional com os parceiros, que facilitou a implementação das actividades e a execução do programa. "A sustentabilidade das medidas de controlo da pandemia foi alcançada por meio do fortalecimento do Sistema Nacional de Saúde para o diagnóstico, internamento e tratamento da Covid-19, através do investimento em recursos humanos e a expansão de infra-estruturas”, realçou.

De acordo com Helga Freitas, a estratégia de implementação do Plano Nacional de Vacinação foi flexível e focada em cobrir gradualmente a população, seguindo as prioridades estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A parceria com algumas agências norte-americanas contribuiu para que o Ministério da Saúde respondesse à pandemia, de modo eficaz e com base em evidências. "Angola hoje é um exemplo na resposta à Covid-19”.

O Centro e Prevenção de Doenças (CDC) e a AFENET, reconheceu, desempenharam um papel crucial no fortalecimento das capacidades técnicas em vigilância epidemiológica e laboratorial, no apetrechamento de laboratórios e implementação de sistemas de melhoria de qualidade, assim como no aumento do nível da capacidade do país para a prevenção, preparação e resposta a pandemias e epidemias.

Apoio internacional

A ministra Conselheira da embaixada dos Estados Unidos da América em Angola e São Tomé e Príncipe disse que, nos últimos três anos, o governo norte-americano forneceu ao país mais de 1,2 milhões de dólares em assistência para melhoria da qualidade do diagnóstico da Covid-19.

Mea Arnold adiantou que essa assistência incluiu a aquisição de materiais de apoio aos técnicos de laboratório e equipamentos para detecção de doenças e implementação de programas de garantia de qualidade. "Todos esses apoios reforçaram a fiabilidade dos resultados dos testes, melhorando o controlo da pandemia, a capacidade de resposta do laboratório nacional e outras doenças emergentes”, frisou.

O Projecto Internacional Task Force apoiou, também, o governo de Angola na formação especializada de mais de 420 técnicos, em procedimentos de biossegurança e testagem, a implementação de um sistema de informação em dois laboratórios e 17 secções de testes moleculares em programas de garantia de qualidade externa.

Mea Arnold garantiu que o governo dos EUA continua empenhado em apoiar o Ministério da Saúde na identificação e emergências de saúde pública.


Fonte: JA