No acto de encerramento, sábado, os artesãos participantes deram nota positiva à organização.

Em declarações ao Jornal de Angola, o secretário adjunto da Associação Nacional dos Artesãos (ANA), Samuel Dongoxe, disse que a experiência foi boa, destacando a presença de um público considerável e, até, de vários governantes, que não quiseram ficar de fora da actividade, visitaram e compraram peças de esculturas.

"Por mais que algumas pessoas se limitassem em visitar, apenas, para observar as obras, isso também já foi de bom grado para nós, porque o objectivo não era só vender, mas também promover aquilo que é a nossa arte, de forma a atrair mais apreciadores de artesanato”, disse.

O secretário disse, também, que o desejo da ANA é continuar com a feira e poder levá-la para outros pontos do país. Entretanto, explicou, que estão à espera da confirmação do apoio do Ministério da Cultura e Turismo para que essa ideia siga adiante.

No mesmo prisma, João André contou, igualmente, que a experiência foi boa, porque se tratou de um projecto que, para além de publicar as obras dos artesãos, também serviu para promover oficinas para ajudar na melhoria da qualidade dos seus produtos.

"Durante os cinco dias que fiquei aqui nunca saí sem vender uma peça, e isso é muito importante, mostra que a nossa arte com o passar do tempo tem ganho mais destaque. Entretanto, não devemos parar, mas sim continuarmos a trabalhar no sentido de tornar a nossa arte mais conhecida e reconhecida a nível nacional”, disse.

Em declarações, também, ao Jornal de Angola, Sebuka Cassule, promotor do evento, explicou que a feira é a primeira de muitas, e que se pretende realizá-la de três em três meses ou, pelo menos, uma vez por ano. "Isso vai depender das nossas possibilidades, vamos bater a porta dos governos provinciais para organizarmos a feira noutras capitais”.

O promotor acrescentou que ficou orgulhoso da feira, e afirmou que é um projecto que tem tudo para continuar a dar certo.

A Feira Multidisciplinar foi uma iniciativa da Mbaxe Eventos, com o objectivo de dar mais possibilidades a algumas artes de terem mais abertura no mercado artístico e explorar mais o potencial dos criadores locais no fomento do turismo cultural na capital do país.

A actividade contou com o apoio do Ministério da Cultura e Turismo, da Administração Municipal de Luanda, da Textang II, do Grupo Castel e da Associação Nacional dos Artesãos de Angola (ANA).