Pedro Magalhães disse que essa vai ser uma das linhas de acção da instituição. "Queremos formar quadros que possam evitar a dependência do Estado, no quesito do primeiro emprego”, destacou, além de considerar a aposta um desafio da UAN.

Para alcançar tal meta, referiu, a universidade pretende estabelecer alguns acordos com o sector produtivo público e privado do país. "Todos os anos buscámos o melhor. Agora, a maior aposta é que nenhum dos estudantes termine um semestre sem ter oportunidades de ter aulas práticas”, declarou.

Neste Ano Académico, revelou, os estudantes vão realizar estágios em algumas instituições privadas, com realce para os discentes das áreas de Engenharias. "Na área de Ciências Sociais, gostaríamos também de ter esta componente prática muito viva”, perspectivou.

Quanto ao início das aulas na UAN, apesar de reconhecer a falta de condições, em termos de laboratórios, o reitor garantiu que os docentes estão prontos para o arranque da actividade lectiva na instituição.

"Está tudo preparado. Não temos todas as condições, mas precisamos dar continuação ao sonho de muitos jovens”, adiantou, acrescentando que a Universidade Agostinho Neto continua a ter dificuldades de laboratórios, mas vai trabalhar para garantir as aulas práticas dos estudantes.

 
Rádio UAN

Dentro de dias, anunciou, a UAN vai abrir uma estação radiofónica para aulas práticas nesta área. Os contactos, assegurou, já foram iniciados com o Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS). "Já temos todos os passos avançados para a abertura da Rádio UAN”.

Em relação ao número de estudantes finalistas saídos da UAN, Pedro Magalhães mostrou-se feliz, apesar de reconhecer que a cifra poderia ter sido maior, mas foi afectada pela onda de greves e da Covid-19. "As saídas que temos actualmente são satisfatórias. Porém, a meta agora é aumentar este número, sobretudo o de doutores. Este ano, teremos três doutores, mas é preciso que hajam muitos mais”, realçou.

Nos últimos cinco anos, realçou, a UAN está apostada na formação de doutores, tendo indicado que desde 2003 a universidade havia formado apenas dois. "Agora, anualmente, conseguimos ter dois a três doutores. O objectivo é chegar aos dez, tal como acontece nas demais universidades”, disse.

Durante o período da Covid-19 e da greve, relembrou, os professores criaram planos mínimos de docência para cumprirem com os programas académicos. "Tudo isso atrasou todo o processo pedagógico da universidade. Há disciplinas que terminaram muito tarde e outras que, nem por isso, conseguimos cumprir com os planos. No entanto, houve necessidade de se fazer a adequação”, salientou.

 
Até 26 de Julho de 2024

As aulas nas Instituições de Ensino Superior (IES) Públicas e Privadas no país, referente ao Ano Académico 2023/24, começam hoje. De acordo com o calendário nacional, o Ano Académico encerra a 26 de Julho do próximo ano, com a realização dos Exames da Época Normal e de Recurso do II Semestre, sendo o período de 29 de Julho a 27 de Setembro reservado para as férias dos estudantes.

Com base no calendário, de 21 a 25 de Agosto deste ano realizaram-se os exames de acesso aos cursos do ensino superior nas instituições públicas. O programa indica ainda que após as pausas para as celebrações do Natal e Ano Novo, o regresso às aulas acontece no dia 5 de Janeiro. O início do II Semestre começa a 4 de Março. Entre 8 e 26 de Julho ocorrem os exames da época normal e de Recurso do II Semestre.

Professor defende rigor para ajustar a média nacional de escolaridade

A média nacional de escolaridade necessita de ser ajustada com trabalho, rigor e determinação dos docentes, defendeu, na quinta-feira, em Luanda, o professor auxiliar da Universidade Católica de Angola (UCAN) Nlandu Faustino.

Durante a cerimónia de abertura do Ano Académico 2023/24 do Ensino Superior no país, realizado no anfiteatro da Academia de Ciências Sociais e Tecnologias (ACITE), na Centralidade do Kilamba, Nlandu Faustino mostrou-se preocupado,com os dados estatísticos oficiais existentes sobre a actual média de escolaridade no país.

"Precisamos de trabalhar com determinação e rigor no sentido de melhorar a média nacional de escolaridade”, disse o professor, preocupado com a qualidade no subsistema de ensino angolano, além de apelar aos docentes para assumirem com responsabilidade a função atribuída.

"O professor é a voz da razão e do equilíbrio e reserva moral da sociedade. O sucesso ou insucesso social de um cidadão é, sobretudo, responsabilidade do professor, enquanto formadores”, disse durante a leitura da mensagem dos docentes da Associação das Instituições do Ensino Superior Privado de Angola (AIESPA).