Sociedade
22 Agosto de 2023 | 10h01

Monteiro Capunga repousa na terra natal

Várias individualidades, dos mais variados segmentos da sociedade malanjina, entre governantes, políticos, entidades religiosas e população em geral, enalteceram as qualidades pessoais, profissionais e o lado filantrópico e solidário do empresário Monteiro Capunga, falecido a 12 deste mês em Lisboa, vítima de doença, cujos restos mortais foram sepultados, ontem, na aldeia de Ngola Muinga, em Marimba, sua terra natal.

O cortejo fúnebre, que  partiu da sede municipal para  o local onde foi enterrado, foi antecedido da troca de mensagens do Comité Municipal do MPLA, da Administração Municipal e do bispo da Igreja Tocoista, Dom Afonso Nunes.

Na hora do último adeus foram destacadas as suas qualidades e uma série de homenagens.

A secretária geral da OMA, Joana Tomás, disse que o empresário e ex-deputado é um filho que parte para a eternidade mas deixa boas obras, e sempre apostou na juventude, factos que serão sempre lembrados.

A aposta no mundo empresarial teve início em Malanje, onde investiu em vários sectores e impulsionava os jovens a empreenderem e o seu lado humanitário foi notório, pois estendia sempre a mão aos mais necessitados, recordou Joana Tomás.

A secretária geral da OMA deixou, para a família, em particular aos filhos, palavras de conforto, considerando o malogrado um verdadeiro patriota na sua atitude e acções.

Já o deputado do MPLA João Diogo Gaspar caracterizou o empresário Monteiro Capunga como figura de espírito filantrópico e solidário.

O político acrescentou que o malogrado foi um homem com uma capacidade nata e que sempre defendeu o seu povo, particularmente o de Malanje.

Como empresário, sabemos que em Malanje empreendeu e inclusive proporcionou vários empregos, fruto da sua capacidade empreendedora, disse, tendo acrescentado que o MPLA e a classe política angolana perde um grande quadro.

João Diogo Gaspar realçou que Monteiro Capunga deixa como legado a sua capacidade de exigência e conseguia transformar pessoas para determinadas actividades.

O malogrado foi um homem de elevado espírito de solidariedade e de amor ao próximo, sustentou.

O segundo secretário do Comité Provincial do MPLA em Malanje, Manuel Carvalho da Costa, assinalou que Monteiro Capunga foi um homem comprometido com as causas e as aspirações do povo de Malanje. Manuel de Carvalho disse que não tem palavras para descrever a dimensão do empresário.

O antigo comandante provincial da Polícia Nacional, comissário António Bernardo, disse que o momento é de profunda dor e tristeza ao deslocar-se a Marimba para assistir "o funeral de um grande amigo, irmão pai, camarada e patriota. Essas qualidades, frisou, ficaram demonstradas em todos os momentos da vida do malogrado empresário.

De todas as partes do país saíram pessoas para manifestar consternação, como foi o caso do administrador municipal de Ambuila, na província do Uíge, Justino Lourenço, para quem Malanje regista uma grande perda, pois morreu um líder.

Justino Lourenço disse que uma das qualidades que mais sobressaia do malogrado empresário é o facto de ter sido um bom conselheiro, que sempre incentivou as pessoas no sentido de apostarem no mundo dos negócios.

Monteiro Capunga morreu aos 63 anos e deixa uma viúva, 14 filhos e netos.