Saúde
14 Agosto de 2023 | 16h37

Empresa trás solução para assistência médica móvel nas aldeias

A empresa "Marg Boss" apresentou na Feira dos Municípios e Cidades de Angola (FMCA), aos governos províncias e administrações municipais, o projecto de Serviços de Saúde e Educação Móvel (SSEM), destinado a assistência médica e medicamentosa nas comunidades recônditas do país.

A iniciativa está consubstanciada em veículos motorizados (a combinação entre a motocicleta e o sidecar), em três modelos, nomeadamente a clínica móvel, a ambulância e a educação da comunidade.

A motorizada clínica foi concebida para trabalhos junto às comunidades e é equipada com vários instrumentos, para permitir que os profissionais de saúde possam desempenhar as suas funções em condições semelhantes àquelas existentes nas unidades sanitárias.

A referida unidade pode executar diversos serviços colheita de amostra de expectoração, monitorização de glóbulos brancos, imunização, distribuição de medicamentos e consultas pré-natais.

Já a ambulância com uma maca acoplada na lateral foi concebida para transportar os pacientes da comunidade para os centros de saúde e hospitais, providenciando às comunidades meios de acesso aos cuidados de saúde em zonas.

A unidade de serviços e educação aparece como uma solução para que os cidadãos possam efectivamente fazer a vida nos municípios, providenciando os serviços essenciais da administração do Estado como o registo civil, licenciamento entre outros, a fim de promover a descentralização dos serviços.

Em declarações à ANGOP hoje, segunda-feira, no Lubango, ao falar do projecto, o sócio-gerente da Marg Boss, Jorge Guedes, referiu apesar do Executivo investir "muito” em saúde, desde infra-estruturas aos quadros, há ainda locais em não chegam os serviços, daí a iniciativa que vem revolucionar o sistema de sanitário nacional.


Referiu que projecto semelhante já foi implementado por países como a Tanzânia, Quénia e África do Sul, sendo este último, o território de proveniência dos meios, fruto de um contrato de exclusividade da empresa angolana com a fábrica sul-africana.

Explicou que com o projecto, o hospital vai ao encontro da comunidade, sobretudo no meio rural e pode ficar uma ou duas semanas numa localidade, uma proposta para o Governo angolano colmatar as dificuldades inerentes à saúde nessas zonas.

Jorge Guedes continuou que os componentes de um hospital convencional estão todos acoplados nos meios deslocáveis, mas em miniatura, adaptados as condições precárias de vias de acesso, desde depósitos de combustível para abastecer o gerador e arcas frigoríficas para a conservação de vacinas.

"O preço actual de uma ambulância convencional automóvel é capaz de comprar quatro ou cinco meios deste género. Neste projecto a administração adquire apenas os meios para gerir, através da direcção municipal da saúde com os seus recursos humanos e medicamentos ”, lembrou.

Avançou ter recebido um feedback positivo dos gestores provinciais e municipais durante a FMCA, pelo que auguram o acolhimento do mesmo para que as comunidades das localidades mais longínquas do país sintam-se mais incluídas nos serviços de saúde.

A Marg Boss, com sede em Luanda, existe há 13 anos, tem focos na importação e exportação de meios de transporte, assim como em construção civil, tendo como fornecedor principal a África do Sul. Emprega de forma directa sete funcionários. EM/MS

Jorge Guedes - investidor © Fotografia por: Morais Silva (Angop)

Fonte: Angop