Projectada para 220 camas, a unidade sanitária orçada em 52 milhões de euros, incluindo o apetrechamento, está em construção numa área de 60 mil metros quadrados, desde Maio de 2021, prevendo-se sua inaugurado no primeiro trimestre de 2024.
Em declarações à ANGOP, o rei de Ombala Ya Nalueque, Mário Satipamba, disse que a população aguarda expectante a abertura do hospital que vai garantir melhor atendimento e assistência médica de qualidade.
Trata-se de uma infra-estrutura de grande dimensão, desde a sua estrutura e os novos serviços que estarão disponíveis, antes procurados com frequência nas unidades sanitárias da Namíbia e África do Sul.
"Perspectivamos outra qualidade na saúde, que até o momento considera-se uma das maiores necessidades no Cunene, em função da paralisação do antigo Hospital Geral de Ondjiva, devido a um incêndio”, afirmou.
Mário Satipamba sublinhou que nesta altura é importante a preparação dos quadros que vão assegurar o funcionamento dos aparelhos tecnológicos que estarão instalados naquela unidade hospitalar.
O representante do Conselho das Igrejas Cristãs em Angola (CICA) no Cunene, João Gimbi, disse que os cristãos da província manifestam-se alegres e aguardam ansiosos a sua abertura para um atendimento mais humanizado.
"A unidade representa uma dimensão aceitável olhando para os diversos serviços disponíveis, com destaque para os blocos operatórios e hemodiálise.
Por isso, elogiou a visão do executivo em aumentar os serviços de saúde no Cunene, muitos dos quais passarão a funcionar pela primeira vez.
O cidadão Carlos Ndemuya reconheceu que é um grande ganho para o desenvolvimento do Cunene, no domínio da saúde.
Por sua vez, Basilia Ndeushakala afirmou que com estes serviços a funcionar o atendimento será diferente, em função das condições.
Os trabalhos em curso encontram-se com um nível de execução física a rondar os 84 por cento.
O hospital terá quatro unidades de internamento, igual número de blocos operatórios, banco de sangue, internamento psiquiátrico e oito residências para médicos.
A nova unidade sanitária vai prestar vários serviços como de pediatria, obstetrícia, endoscopia, biologia, oftalmologia, estomatologia, pequenas cirurgias, raio X, TAC e psiquiatria.O HGO substituirá o antigo Hospital Geral, afectado, em Outubro de 2020, por um incêndio que danificou completamente a área de cirurgia e o posto de armazenamento de oxigénio.
Desde o incêndio, os serviços do Hospital Geral de Ondjiva foram transferidos para o Hospital Municipal do Cuanhama, com capacidade para 70 camas, localizado no bairro do Ekuma, arredores de Ondjiva.
O Gabinete Provincial da Saúde controla 158 unidades sanitárias, sendo um Hospital Geral de Ondjiva, um da Missão Católica do Chiulo, seis hospitais municipais, 107 postos de saúde e 43 centros de saúde.
A província do Cunene conta com um milhão e 491 habitantes, distribuídos pelos municípios do Cuanhama, Cuvelai, Cahama, Curoca, Namacunde e Ombadja. PEM/LHE/ART
Fonte: Angop