Na natureza existem 28 elementos com características especiais. Chamados de radioativos, eles são capazes de liberar ondas de radiação em diferentes níveis de energia. Essas ondas conseguem atravessar objectos, e até paredes, dependendo do tipo de radiação, que pode ser não ionizante (baixa energia) ou ionizante (alta energia).
A radiação ionizante é capaz de gerar modificações em níveis celulares, causando cânceres, por exemplo. Já a não ionizante são provenientes de fontes de luz, como a tela do seu celular, computador, fontes de calor, e não causam grandes impactos na saúde.
Os elementos radioativos estão presentes em praticamente em tudo na Terra, inclusive em você. Todo ser humano é um pouco radioativo, não só pelo o que come, onde vive e com o que trabalha, mas por ser uma forma de vida baseada em carbono. Além dos elementos radioativos naturais, outros podem ser produzidos artificialmente.
Mas como os alimentos se tornaram radioativos? Dado que há radioatividade em praticamente tudo na Terra, o United States Environmental Protection Agency (EPA) descreve três principais formas de acumulação de radiação:
Alguns dos elementos radioativos mais presentes no solo estão: polônio, tório, rádio, urânio.
Apresentamos abaixo 10 alimentos radioativos e sua medida de decaimento, na unidade de medida Becquerel por quilo. Mas não se engane, você não irá ganhar super poderes ou brilhará no escuro.
O amendoim absorve elementos do solo como potássio (40) e rádio (226 e 228). O amendoim pode apresentar uma taxa de 4 Bq/kg.
A radioatividade da água está ligada a sua fonte. Há nos rótulos, junto a tabela nutricional, uma informação sobre o quão radioativa é a fonte de origem da água. Em Becquerels, ela pode atingir 6Bq/kg.
A cerveja pode ter uma medida de 14 Bq/kg. O principal elemento encontrado é o potássio-40.
O sal é uma excepcionalidade, pois não são todos os sais. Os sais com maior índice de radioatividade são os ricos em cloreto de potássio, muito utilizados para quem quer diminuir o consumo de sódio. Seu nível de radioatividade pode variar, mas pode atingir 111 Bq/kg. Será que a troca vale a pena?
As batatas possuem 125 Bq/kg. Elas podem apresentar traços de radônio-226 e potássio-40. Mas não apresentam riscos à saúde, salvando o prato preferido de muitos: batata frita com bife.
As cenouras, assim como as batatas possuem 125 Bq/kg. Nessa iguaria que sempre acaba se transformando em um cheiroso bolo para o café da tarde, encontramos radônio-226 e potássio-40.
Você até poderia pensar que sua tia havia lhe pregado uma peça, mas ela estava certa, bananas são radioativas, porém inofensivas.
Contando com uma taxa de 130 Bq/kg, uma plantação de bananas pode ativar um contador geiger-müller, dispositivo para verificar níveis de radiação.
O feijão branco tem em média 170 Bq/kg. Ele possui radônio-226 e potássio-40. Apesar de parecer um número grande, espere pelo primeiro lugar.
1º Lugar: Castanha
A grande campeã, com 240 Bq/kg é ela: Castanha. Mas apesar da radioatividade, devido a presença de rádio e potássio, o risco do consumo em excesso dessa castanha está em um elemento não radioativo: selênio.
Se comida em excesso, ela pode causar uma intoxicação séria. A média recomendada de consumo é de 6 castanhas. Cuidado com o consumo diário.
Apesar de poder parecer assustador, esses alimentos não fazem mal para a saúde. A quantidade de radiação emitida é ínfimo, não sendo capaz de gerar qualquer malefício.
Para que você seja contaminado por radiação, depois de ingerir bananas por exemplo, você teria que comer mais de 1 milhão de bananas de uma só vez! Sendo assim, o consumo não só é livre, como indicado, claro, sempre com moderação.
Fonte: TecMundo