O projecto, que conta com a parceria da Visão Mundial, abrange todas escolas do ensino primário ao segundo ciclo.
Na ocasião, o director do INAC do Cunene, Hélder dos Santos, disse que o objectivo da criação das caixas é de receber denúncias anónimas e confidenciais das pessoas que notarem qualquer ocorrência de violência contra a criança.
Informou que depois de registada a queixa, os pontos focais colocados na instituição de ensino vão procurar solucionar o problema da criança, caso for de maior dimensão será encaminhado à direcção do INAC.
Pediu a colaboração da população na denúncia dos maus tratos contra as crianças, visto que muitas são vítimas de agressões físicas e abusos sexuais, mas não são reportados à instituição, para o devido tratamento.
Hélder dos Santos sublinhou que as caixinhas de denúncias serão geridas pelas Redes Municipais de Protecção, através dos pontos focais, indicados pelas equipas de formandos das respectivas escolas.
Já o representante da Visão Mundial no Cunene, Nazaré Zâmbi, disse que com esta iniciativa se pretende reforçar os mecanismos de denúncias e respostas rápidas aos casos de violência e outros tipos de abusos, contra os menores.
"Temos a certeza que o projecto vai ajudar a proteger a privacidade e integridade das vítimas, bem como a inibição por parte dos perpetradores de tais práticas”, afirmou.
Por seu turno, o secretário da Administração Municipal de Ombadja, Geci José, disse que a protecção da criança é uma das tarefas fundamentais do Estado, razão pela qual a sociedade é chamada a observar e a salvaguardar os seus direitos.
"O projecto é um mecanismo em que norteará os pais e encarregados de educação, na orientação dos petizes sobre as formas de se protegerem de actos que podem perigar a sua integridade física e moral”, considerou.
Geci José destacou a iniciativa do INAC e Visão Mundial pelo trabalho, augurando que o lançamento das caixinhas de denúncias de casos de violências, seja replicado nas zonas recônditas do município.
Cunene conta com sete redes de protecção da criança, uma provincial e seis municipais, que se ocupam da dinamização das actividades de combate e prevenção da violência contra menores nas famílias.
No presente ano lectivo, a província do Cunene conta com 200 mil alunos e seis mil 257 professores, distribuídos em 333 escolas do ensino primário, primeiro ciclo do ensino médio.
Durante o ano de 2022, o INAC registou a nível da província do Cunene, 77 casos de violência contra menores, mais oito em relação ao igual período de 2021.
No mesmo ano, notificou-se dois mil 231 casos de gravidez precoce, envolvendo meninas dos 12 aos 17 anos, contra mil 665 do igual período anterior. PEM/LHE
Fonte: Angop
