Saúde
11 Fevereiro de 2023 | 15h32

Ministra aposta em serviços mais humanizada

A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, afirmou, em Luanda, que o Executivo continua a trabalhar para a prestação de serviços de qualidade e humanizados a todos os utentes.

Para a governante,que falava no quadro do Dia Mundial do Doente, que se assinala este sábado, o Executivo  tem alinhado políticas e planos para a melhoria desses serviços, apostando, continuamente, na formação e especialização dos profissionais da saúde.

"Queremos prestar bons serviços, em qualquer momento e lugar, e para isso precisamos da colaboração de todos os técnicos do sector", acrescentou.

A ministra adiantou que a  efeméride deve servir  para os profissionais da saúde reiterarem que são  parte integrante deste processo, demonstrando amor e cuidados aos pacientes.

Contactado pela ANGOP,  o director do Hospital Josina Machel, Carlos Zeca, disse ser necessário que se reflicta sobre os cuidados prestados aos doentes, desde a internação até ao dia da sua alta hospitalar.

Conforme o especialista, a pessoa doente  apresenta níveis diferentes de incapacidade e desvantagens associados, fragilizando e impossibilitando  até de procurar os recursos apropriados e de defender os seus inequívocos interesses e direitos estabelecidos. 

Por isso, acrescentou, o acesso do doente aos cuidados de saúde tem de estar equitativamente garantido e facilitado, com a certeza de que ocupe o centro do sistema de saúde.

De acordo com o médico,  o doente deve ser o verdadeiro e realmente o foco dos cuidados de saúde, tornando-o o objecto de todos os actos, acções  e intervenções que têm a finalidade de diagnosticar e tratar, melhorar o seu quadro clínico e, sempre que possível, recuperar completamente o seu estado de saúde.

Devemos, disse , velar primeiramente pelo lado preventivo com os utentes e isso começa com coisas básicas como a higienização.

"Neste dia internacional do doente, peço que não se sintam desamparados e acanhados, pois os técnicos de saúde servem de suporte para ajudar na recuperação e preocupação de todos", assegurou.

Já o director do Serviço de Urologia do Hospital Américo Boavida,  Antonino Balala, afirmou que a doença faz parte da experiência humana, mas pode tornar-se desumana se for vivida no isolamento e no abandono.

Afirmou,  por isso, que é fundamental a humanização, tanto no lado familiar como no serviço  de saúde, para que o doente se sinta acolhido e confortado.

Segundo  o especialista,  o profissional deve ter empatia, colocar-se sempre no lugar do outro, razão pela qual certos hábitos devem ser mudados perante a pessoa doente.

Deixou uma mensagem de esperança a todos aqueles que lutam contra alguma doença e congratulou todos os que se dedicam, todos os dias, aos seus doentes cumprindo o princípio hipocrático de que "a saúde e o bem-estar do meu doente serão as minhas primeiras preocupações”.

Já a enfermeira Domingas Antunes considerou a data de grande importância não só para os doentes, mas também para as pessoas que as ajudam neste momento particular das suas vidas.

Referiu que todos dentro do sistema de saúde devem reflectir como estão e devem fazer o seu trabalho para justa recuperação do paciente.

Visão da OMS 

A pessoa doente, para a Organização Mundial de Saúde (OMS) e para o Serviço Nacional de Saúde, deve ser colocada no centro do sistema de saúde, sendo um dos principais focos de atenção dos enfermeiros. 

São estes os profissionais de saúde que estão presentes em todos os momentos da sua evolução ou cura pelo que, para eles, este é também um dia importante pois reforça a importância do seu trabalho e dos serviços que prestam aos seus pacientes, todos os dias.

Este sábado, por iniciativa da Igreja Católica, celebra-se  o Dia Mundial do Doente na memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, uma data instituída em 1992.

Na carta de instituição da data  João Paulo II lembrou que o dia  representa "um momento forte de oração, de partilha, de oferta do sofrimento pelo bem  e de apelo dirigido a todos para reconhecerem na face do irmão enfermo a Santa Face de Cristo que, sofrendo, morrendo e ressuscitando, operou a salvação da humanidade”. EVC