O responsável fez este pronunciamento à margem do acto de transferência de competências de estruturas de gestão territorial e urbana, meios técnicos e humanos para o GPL, em cerimónia presidida pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de almeida.
O administrador deu a conhecer que a partir da próxima semana, os munícipes que ergueram as residências e similares, de forma ilegal, beneficiarão de um documento precário para possibilitar que os mesmos, em caso de interesse, possam realizar actividades creditícias.
Quanto a transferência de competências de estruturas de gestão territorial e urbana, Tomás Bica recordou que existem no município duas Centralidades que eram geridas por órgãos centrais e que passaram agora para a gestão do GPL.
A GTRUC, criada por Decreto presidencial em 2015 e extinta em 27 de Novembro de 2020, tem 123 agentes administrativos, sendo 38 técnicos superiores, 27 bachareles, 42 médios e 10 de base que passam para a administração do Cazenga.
"O Cazenga tem duas Centralidades que eram geridas por órgãos centrais que passam agora para a gestão do Governo de Luanda, a Marconi e o Calawenda, respectivamente, que com a extinção do Gabinete técnico de Reconversão Urbana do Cazenga (GTRUC) ficam sob responsabilidade da administração municipal local”, informou o responsável.
No quadro da descentralização dos serviços, Tomás Bica é de opinião que o pagamento das rendas das duas Centralidades seja feito no Portal do Munícipe, para que as receitas do Imposto Predial Urbano sejam revertidas para o município, permitindo que a circunscrição tenha maior autonomia para dar respostas aos problemas locais.
O Executivo angolano transferiu, na terça-feira, para o Governo Provincial de Luanda (GPL) os extintos Gabinetes de Desenvolvimento e Aproveitamento Hidráulico do Kikuxi (GADAHK) e o de Reconversão Urbana do Cazenga (GTRUC) bem como as reservas desanexadas do perímetro de intervenção da Zona Económica Especial Luanda-Bengo, EP.
As três estruturas até então eram superintendidas pelos Ministérios da Agricultura e Pescas, Obras Públicas e Ordenamento do Território, Economia e Planeamento, cuja acção incidia sobre os municípios de Viana, Cacuaco, Kilamba Kiaxi e Cazenga.