Quinze dos 16 enfermeiros, apurados no recente concurso público de 2020, enquadrados no município dos Luchazes (Moxico), recusam-se a trabalhar no referido município.
O director do Gabinete Provincial da Saúde, Henriques Ramalhos, disse à ANGOP, à margem da reunião do governo, que os enfermeiros recusam-se em se deslocar aos Luchazes alegando terem concorrido para o município do Moxico e não dos Luchazes e outros dizem estar a estudar.
Em face à situação, Henriques Ramalhoso remeteu a situação à Administração Municipal dos Luchazes para encontrar uma solução.
O administrador dos Luchazes, Moisés Cambembe prometeu, em declarações à ANGOP, reunir-se em breve com os enfermeiros para um entendimento e procurar a melhor solução para as partes.
"Caso continuem a negar, serão assinaladas as faltas de comparência e posteriormente tomadas outras medidas jurídicas laborais e administrativas, culminando com a expulsão”, prometeu.
O administrador reiterou a necessidade de se reforçar o Hospital Municipal local e outras unidades que vão surgir no quadro do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).
Sobre o número necessário, o director dos Luchazes da Saúde, José Macano, precisou que o sector carece de dois médicos e 30 enfermeiros para reforçar as unidades sanitárias existentes.
Não obstante a insuficiência de técnicos, disse que a inoperância do bloco operatório, há nove anos, por falta de médico especialista, bem como da morgue, continuam a ser os principais problemas da região.
Situado há 347 quilómetros da cidade do Luena, capital da província do Moxico, o município dos Luchazes possui uma população estimada em 20 mil habitantes, distribuídos em quatro comunas.
Fonte: ANGOP