Os médicos realizaram uma cesariana de emergência e a mulher deu à luz um bebé em poucos minutos.
Exames de sangue realizados ao recém-nascido confirmaram que este apresentava níveis de oxigénio notoriamente baixos, e esfregaços na garganta mostraram que a mãe e o bebé sofriam ambos de Covid-19.
De seguida, o genoma do vírus foi sequenciado e os médicos concluíram que o bebé tinha sido infetado com o novo coronavírus enquanto ainda estava no útero.
No entanto, alguns dias depois, a realização de um novo sequenciamento genético mostrou que o genoma do vírus presente no corpo do bebé tinha mudado e continha uma versão mutante do vírus, juntamente com a estirpe original do vírus da mãe.
Segundo os investigadores, este é o primeiro caso de uma alteração genética do coronavírus no contexto único da transmissão mãe-feto antes do nascimento.
Embora seja comum que os vírus sofram alterações, esta mutação (chamada A107G) aconteceu apenas cinco dias após o nascimento do bebé.
Os médicos creem que as alterações genéticas podem ter sido estimuladas pelo bebé ao entrar em contato com o ambiente externo fora do útero materno. Contudo, sublinham que foi surpreendente a rapidez com que esta única mutação ocorreu.
Fonte: NM