Cultura
29 Março de 2024 | 20h34

Compositor Emanuel Mendes realça Ruy Mingas como compositor de melodias pedagogicamente sensíveis

A Academia Angolana de Letras realizou nesta quinta-feira, a quarta conferência do ciclo do mês de Março da da série conversas da Academia a Quinta-feira. Foi conferencista o compositor Emanuel Mendes, que dissertou sobre “Ruy Mingas: a magnificência poético-musical do nacionalismo angolano”, estiverem presentes acadêmicos de Angola, Bélgica, Belgica e Portugal.

Sob moderação do músico Carlos Lopes, o conferencista deu conta que a música serve para propulsionar a alma e fortificar paixões, onde realçou a forma como a lindo do tempo a música foi usada para recuperar a soberania usurpada pelos colonizadores. 


Emanuel Mendes considera que Ruy Mingas terá sido um dos maiores expoentes na intenção de dar brio, vigor e cor a luta de libertação do julgo colonial: "além da liberdade e liberalidade poética, Ruy Mingas trás-nos a forma de construção do homem novo, criado pela estética musical forjada na luta pela libertação nacional”. Além disso Ruy Mingas foi uma "árvore gigantesca e frondosa formada por três pilares: a raiz, que tem como elemento constitutivo o nacionalismo angolano, o caule e os ramos, que são representados pela composição musical enquanto sistema respiratório dessa "árvore” e as folhas como elemento ligado a poética”, representado pela ideologia geradora dos frutos árticos e musicais que conhecemos. 


O músico e compositor realçou de igual modo que Ruy Alberto Vieira Mingas fazia questão de seguir as pegadas do seu tio Liceu Vieira Dias, tendo adiantado que a "magnitude musical ruyminguista atingiu o auge na grandiosidade da composição musical do hino da república, plena de sumputiosidade e de beleza, que retrata a marcial essência magana do compositor”.


Ruy Mingas foi também lembrado como o compositor que musicou o maior número de poetas, com destaque para Agostinho Neto, Antônio Jacinto, Manuel Rui e Filipe Zau. Com destaque para os poemas "Os meninos do Huambo” de (Manuel Rui) e "Minha terra” de (Filipe Zau). 


Emanuel Mendes concluiu a sua palestra, dando conta que Ruy Mingas é o "compositor social” detonado também preocupação com o processo de socialização dos petizes. 


A próxima conversa da Academia à Quinta -feira está agendada para o dia 4 de Abril a partir das 19 horas. Sob moderação da linguista Maria Helena Miguel, o linguista Itamar Cossi, abordará o tema "Oratura angolana em narrativas contemporâneas femininas a  partir da perspectiva decolonial”. A participação via ZOO será livre.