Segundo o seu presidente, Guilherme Silva, a decisão, saída de assembleias provinciais realizadas no dia 17 deste mês, deve-se a "não satisfação de pontos do caderno reivindicativo de 23 de Outubro de 2019".
O caderno reivindicativo, adiantou o sindicalista à ANGOP, tem como principal ponto a valorização do tempo completo de serviço de todos os professores.
Conforme o sindicalista, o primeiro período da greve acontece de 26 a 30 deste mês, o segundo 17 a 21 de Maio, o terceiro entre 7 a 11 de Junho e o quarto e último de 21 de Junho a 02 de Julho.
Explicou que o Executivo, através do Ministério da Educação, "pretende actualizar apenas a categoria de 43 mil e 200 professores", quando, na prática, "existem 181 mil por promover".
Informou que, aquando da transição do antigo Estatuto da Carreira Docente, o Executivo alterou os requisitos da actualização, tendo em conta apenas as habilitações, ao contrário do anterior que tinha em conta o tempo de serviço.
O sindicalista informou que a declaração de greve deverá ser entregue esta semana aos ministérios da Educação (MED) e da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTESS).
"É possível reverter o quadro, desde que se apresentem propostas concretas. Os professores querem dignidade e trabalhar motivados", declarou o Guilherme Silva.
No entanto, a anunciada greve poderá não contar com a adesão total dos professores, tendo em conta que alguns filiados consideram não ser o momento oportuno para uma paralisação das aulas.
É o caso da professora Josina Gomes que, apesar de concordar com a reivindicação, diz que o ano lectivo actual já não é dos melhores para se pensar em paralisações.
Na opinião da professora, o ideal é deixar terminar o presente ano lectivo e, em Setembro próximo, efectivar-se a greve.
"Pensando nos alunos não é correcto, mas pela causa é justo", rebateu a docente, justificando não concordar que alguém com um ano de carreira tenha o mesmo salário de alguém com 10 anos de actividade.
Fonte: ANGOP