No caderno reivindicativo entregue ao Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), os docentes reclamam a realização de eleições nas instituições do ensino superior, revisão da massa salarial, reposição de subsídios, seguro de saúde, melhoria das infra-estruturas e Fundo de Investimentos Científicos para unidades orgânicas e universidades públicas e privadas.
Reclamam ainda a regularização da dívida pública, o processo de provimento administrativo excepcional e a formação contínua dos professores.
Uma ronda feita pela ANGOP nas mais diversas faculdades da Universidade Agostinho Neto constatou-se a ausência de aulas efectiva e o absentismo parcial de docentes.
Nas faculdades de Ciências Sociais, de Engenharia e de Economia foi visível salas de aulas praticamente vazias, mas com alguma afluência de estudantes nos corredores que mostravam total descontentamento pela paralisação.
Apesar do instrutivo deliberado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Superior "SINPES” observou-se também, nalgumas instituições de ensino a aplicação de exames por alguns professores que já haviam marcado provas para a data em referência.
Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Professores do Ensino Superior (SINPES), Eduardo Peres Alberto, estão abertos a discutir as propostas salariais em função da resposta do Executivo que propõe um aumento de seis por cento ao contrário do 70 por cento desejado pela classe.
O responsável entende que os salários do ensino superior contribuem para a falta da qualidade neste subsistema de ensino em Angola.
Fonte: ANGOP