Actualmente, os serviços prisionais no Cuando Cubango contam com três campos agrícolas, nomeadamenteda comuna do Missombo (Menongue), com 100 hectares, do município do Cuito Cuanavale, com 120 hectares, e do Campo de Produção do Zonde (Menongue), com 2.500 hectares, com potencialidades de produzir cereais, hortícolas, tubérculos e fruticulturas.
O comissário prisional Principal Bernardo Gourgel fez este pronunciamento no acto que marcou o patenteamento de 93 efectivos locais, tendo afirmado que o Serviço Penitenciário está a trabalhar, a nível do país, na busca de soluções que contribuam para diminuir a crise alimentar e aumentar a produção interna dentro da comunidade penal.
Disse que o Ministério do Interior está a trabalhar no reforço de equipamentos agrícolas, a fim de assegurar a capacidade produtiva da população penal e não só, uma vez que a província do Cuando Cubango possui potencial hídrico e solos aráveis para que este desafio seja concretizado em prol dos cidadãos em conflito com a lei.
Na sua visão, apostar na agricultura é estancar a fome no seio do homem, daí a necessidade de antecipar a produção para o futuro, de modo que a direcção não tenha carência de alimentação, o que exige esforços para o cumprimento dos objectivos traçados, para o alcance da auto-suficiência alimentar.
Defendeu ser importante potenciar a população prisional em artes e ofícios na reintegração social digna e sustentável, para que, uma vez em liberdade, tenha uma profissão que os possa sustentar, evitando assim que voltem, no futuro, à cadeia.
Em relação ao sistema de ensino técnico profissional, estão enquadrados 106 reclusos nos sectores da agricultura, carpintaria, serralharia, mecânica, electricidade e corte e costura.
Para alavancar a actividade produtiva, os serviços penitenciários beneficiaram de uma moagem e de uma motobomba que irá permitir a irrigação no campo cultivado situado na comuna do Missombo.
Fonte: Angop