Cultura
12 Janeiro de 2023 | 17h22

Ondjaki vence Prémio Vergílio Ferreira 2023

O escritor angolano Ondjaki conquistou, esta quarta-feira, o Prémio Vergílio Ferreira 2023 da Universidade de Évora (UÉ), devido ao seu contributo para que o português “seja língua de reconciliação” e “de consciência crítica”, revelou a academia alentejana.

De acordo com uma nota que a ANGOP cita, o Júri destacou o "contributo que Ondjaki faz para que a língua portuguesa seja língua de reconciliação e mesmo de consciência crítica para todos os falantes de português".

A UÉ anunciou que o júri, reunido nesta quarta-feira, decidiu atribuir por unanimidade esta distinção a Ondjaki, "escritor, livreiro e artista de diversas disciplinas".

Instituído pela UÉ em 1996, para homenagear o escritor que lhe dá o nome, o Prémio Vergílio Ferreira destina-se a galardoar anualmente o conjunto da obra literária de um autor de língua portuguesa relevante nos domínios da ficção e/ou ensaio.

Felicitações

O ministro da Cultura e Turismo,  Filipe  Zau,  felicitou esta quinta-feira, o escritor angolano Ndalu de Almeida, "Ondjaki”, pela atribuição do Prémio Vergílio Ferreira 2023, pela Universidade de Évora (UÉ).  

De acordo com uma nota de felicitações chegada à ANGOP, tal facto constitui mais um passo significativo para o reconhecimento qualitativo da literatura contemporânea angolana e dos escritores angolanos, no contexto da  língua portuguesa.

´´Que a nova geração de escritores angolanos continue a seguir os caminhos do sucesso da geração dos escritores mais idosos, para que a sua contribuição, em prol literatura angolana de expressão portuguesa, preste o seu relevante papel  à promoção da Cultura no nosso país, bem como uma maior difusão da língua portuguesa´´,  refere o documento.

Biografia

Ndalu de Almeida, natural  de Luanda, nasceu a 05 de Julho de 1977, popularmente conhecido como Ondjaki, é um poeta e escritor angolano.

Licenciado em Sociologia,  fez o doutoramento em estudos africanos em Itália em 2010. Ano que obteve o segundo lugar no prémio António Jacinto  e publica o seu primeiro livro.

Das variadas obras que escreveu destaque para: Actu Sanguíneu (poesia, 2000), Há Prendisajens com o Xão (poesia, 2002), Momentos de Aqui (contos, 2001), E se Amanhã o Medo (contos, 2005), Os da minha rua (contos, 2007), Bom Dia Camaradas (romance, 2001), O Assobiador (novela, 2002) e Quantas Madrugadas Tem A Noite (romance, 2004).

Escritor Ondjaki © Fotografia por: Alberto Julião - Arquivo - ANGOP

Fonte: Angop