Em declarações à ANGOP, a propósito do Dia Mundial da Lepra, comemorado no último domingo de Janeiro, realçou que fruto das acções de sensibilização que o programa tem realizado, fez com que muitos pacientes com vergonha ocorressem nas unidades sanitárias em busca de assistência.
Realçou que actualmente 14 pacientes estão internados na leprosaria de Camundabala, onde dispõe de 14 residências.
Dos casos registados, quatro são do município do Cacolo, dois no Dala e 19 de Saurimo, sendo duas crianças multibacilar (mais de cinco manchas no corpo), sendo alguns casos provenientes da Lunda Norte, Moxico e Malanje.
Sublinhou que a província tem duas unidades sanitárias que fazem tratamento da lepra, a Leprosaria de Camundambala pertencente a Igreja Evangélica dos Irmão em Angola (IEIA) e o centro médico no bairro Manauto, ambos arredores de Saurimo.
Joaquim de Oliveira apontou como um dos primeiros sintomas da lepra, a aparição de nódulos avermelhados, sem coceira e sua multiplicação.
Lamentou o facto de muitas pessoas em fase inicial da doença, ocultarem-se por vergonha, o que tem levado a busca tardia de assistência médica e medicamentosa, contribuindo na chegada tardia e estado avançado da patologia.
"A Lunda Sul é considerada uma província endémica de Lepra, temos consciência que os números de pacientes são maiores, mas devido ao pudor, muitos preferem ficar em casa”, deplorou.
Para evitar a contaminação, Joaquim Oliveira fez saber que têm feito trabalhos de sensibilização nas comunidades, no sentido de ocorrerem nas unidades sanitárias em caso de algum sintoma.
Quanto ao medicamento (multidrogas) disse estarem bem servidos, a ruptura que registava anteriormente foi já ultrapassada já algum tempo, para os doentes no município, fez saber que as Direcções Municipais da Saúde têm se responsabilizado na distribuição dos fármacos.
Lepra é uma doença infecciosa, contagiosa, que afecta os nervos e a pele e é causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae.
Fonte: Angop
