A informação foi prestada esta segunda-feira, à imprensa, pelo responsável da empresa ALCAAL, gestora da fazenda, Fernando Mendes, que diz tratar-se de um projecto-piloto que visa contribuir na diversificação da economia nacional.
O responsável acredita que, com este tipo de projectos, Angola pode voltar a ser uma das maiores produtoras de algodão em África, posição que já detinha nas décadas de 60 e 70.
Informou que o cultivo do algodão em grande escala está a ser ensaiado, também, pela sua empresa nas províncias de Malanje e do Cuando Cubango.
Para si, a recuperação das fábricas de textang na capital do país (Luanda) e em outras regiões do país constitui uma mola impulsionadora para a produção do algodão que deverá ser escoado para essas unidades fabris.
Referiu-se, igualmente, à aposta na produção do arroz, numa área de aproximadamente 500 hectares, em fase de preparação na Fazenda do Diádia, que dista a 15 quilómetros da sede municipal do Cuimba.
Quanto ao cultivo de cereais em grande escala, a fonte disse que a Fazenda do Diadia produziu, na campanha agrícola 2021/2022, quatro mil toneladas de milho e 800 toneladas de soja.
Explicou que parte dessa produção é comercializada a granel, enquanto o excedente é destinado à produção da ração para as aves, porquanto o projecto engloba a criação de galinhas poedeiras, de corte e a produção de ovos.
O responsável que falava por ocasião do inicio da colheita de milho e da soja naquela fazenda, assegurou que em negociação está a importação de algumas máquinas de corte da carne de galinha, que deverão chegar no local nos próximos três meses.
"Estão já disponíveis dois aviários e três naves na Fazenda do Diádia para a criação de galinhas e produção de ovos, com a capacidade global de 60 mil aves”, explicou.
A montagem de uma unidade de transformação do milho em farinha consta, ainda, nos projectos a ser implementados de modo a contribuir na redução da importação deste produto no país.
A Fazenda do Diádia foi criada em 2015. O projecto conta com um conjunto de máquinas de irrigação, colheitas, semeadoras, tractores, cilindros, silos, entre outros equipamentos que permitem a produção do milho e da soja numa área de nove mil e 700 hectares.
Actualmente, o projecto emprega mais de 100 pessoas, na sua maioria jovens recrutados localmente.
Nesta primeira fase a empresa ALCAAL, de origem argentina, investiu um total de dois milhões de dólares na Fazenda do Diádia, que passou à esfera privada em 2021, no âmbito do Programa de Privatização dos Activos do Estado.
Fonte: Angop