Saúde
30 Janeiro de 2023 | 15h15

Doenças tropicais negligenciadas registam aumento no Uíge

Quatrocentos 81 casos de schistosomíase e filariose linfática foram registados, durante o ano de 2022, na província do Uíge, mais 79 em relação ao ano anterior.

Do total de casos, 449 são de Schistosomíase e 32 filariose linfática, informou à ANGOP, nesta segunda-feira, o supervisor provincial de controlo de doenças tropicais negligenciadas, Sousa Ernesto Canduanga.

O responsável, que falava a propósito do Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas, assinalado nesta segunda-feira, apontou os municípios do Uíge e Songo com maior registo de casos dessas doenças.

Sousa Ernesto Canduanga referiu que durante o ano de 2022 foram registados dois mil 50 casos de geohelmintíases, mais 20 em relação ao ano de 2021.

Para conter a tendência de aumento de casos de doenças negligenciadas tropicais na região, as autoridades sanitárias locais estão a promover, desde o princípio deste mês, campanhas massivas de desparasitação em várias comunidades.

A lavagem das mãos, defecar em latrinas, tratar a água antes de ser consumida, entre outras medidas  devem ser adoptadas, a fim de se evitar a transmissão dessas doenças.

Sobre as doenças

A Schistosomíase, também conhecida como bilharzíase, é uma doença parasitária infecciosa crónica, causada por qualquer um dos tipos de Schistosoma. Enquanto a filariose linfática, também parasitária, é causada por vermes e transmitida através da picada de insectos.

As doenças negligenciadas são aquelas causadas por agentes infecciosos ou vectores protozoários, bactérias, vírus e fungos e são consideradas endémicas em populações de baixa renda.

São transmitidas quando a pessoa defeca ao ar livre, falta de acesso à água potável, lavagem das mãos, entre outras causas.

Vista Parcial do Hospital Geral do Uíge © Fotografia por: Jaime Reais (Angop)

Fonte: Angop