O prelado fez o apelo durante o acto de encerramento do I Fest-Jovem, que juntou mais de dez mil jovens peregrinos das dioceses e arquidioceses de Angola e São Tomé e Príncipe. "A juventude é o período em que a alma começa a compreender melhor e a reflectir de modo mais profundo sobre a vida, em busca de respostas a tudo. Por isso, é uma fase delicada”, disse.
O Fest-Jovem, adiantou, permitiu adoptar acções concretas para a formação do homem do amanhã, cujo conhecimento precisa estar assente no Evangelho e na ciência. "É essencial para os cristãos, em especial os jovens, terem valores mais ligados ao associativismo, como forma de terem um compromisso com a sociedade e com a Igreja”, disse.
O arcebispo de Luanda aconselhou, ainda, os jovens, a não terem medo das aspirações e de buscarem os sonhos. O Fest-Jovem 2024, destacou, foi um espaço para a juventude propor novas políticas de resolução de alguns problemas sociais.
Conselhos
O prelado católico pediu aos jovens a não se entregarem às práticas erradas, em busca do êxito imediato. "É preciso que não se deixem enganar pelas coisas fáceis, pela vulgaridade, banalidade e busquem caminhos positivos e de mudança”, recomendou.
Durante a pregação, o arcebispo destacou a importância da juventude reconhecer sempre que podem melhorar a sociedade. Dom Filomeno pediu, ainda, para que cada jovem não deixe de sonhar com um país cada vez melhor, pois a luta deve ser para a realização dos sonhos. "É uma meta que exige sacrifícios e desafios”.
A Igreja Católica, assegurou, está atenta às preocupações da juventude. "Nesta peregrinação da vida partilhamos os mesmos anseios e um objectivo comum, que é a busca da felicidade”, disse, lamentando, no entanto, o facto de muitos jovens terem caído na inércia, depressão, sem sonhos, esperanças para vencer, devido às dificuldades sociais que enfrentam.
Luanda
é casa comum
O vice-governador provincial de Luanda para o Sector Económico assegurou que a capital do país continua a ser a casa comum dos angolanos e a realização do primeiro Fest-Jovem foi uma prova disso.Jorge Miguêns Augusto explicou que o festival, organizado pela Arquidiocese de Luanda, permitiu juntar num só espaço jovens de Angola e São Tomé e Príncipe, que debateram temas ligados à moralização da juventude.
Durante cinco dias, os mais de dez mil jovens peregrinos de Angola e São Tomé e Príncipe debateram temas como o empreendedorismo enquanto motor de sociedades sustentáveis e inclusivas, assim como sobre o papel do jovem na Igreja e na sociedade.
Fonte: JA