A China acusou os países signatários de interferirem nos seus assuntos internos e de fomentarem a discórdia entre Pequim e os países vizinhos, expressando um "forte descontentamento e firme oposição" às acusações.
"A questão de Taiwan é um assunto puramente interno da China. Resolver a questão de Taiwan é uma questão interna da China", disse Wang, em conferência de imprensa.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros pediu aos países envolvidos que respeitem o princípio "Uma só China" e cessem o seu apoio aos "separatistas taiwaneses que defendem a independência".Os líderes dos Estados Unidos da América (EUA), Japão e Coreia do Sul, Joe Biden, Fumio Kishida e Yoon Suk-yeol, respetivamente, condenaram no final da cimeira em Camp David, o comportamento "perigoso" e "agressivo" de Pequim no Mar do Sul da China.
No comunicado final do encontro, os três líderes utilizaram uma linguagem classificada como dura para se referir às ações da China naquela região, pela qual transita grande parte do comércio entre a Ásia e o resto do mundo e onde se estima haver abundantes reservas de gás natural e petróleo.
A China reclama a totalidade do Mar do Sul da China, apesar dos protestos dos países vizinhos incluindo Indonésia, Filipinas, Malásia ou Vietname.
O documento conjunto também mencionou o Estreito de Taiwan, ilha cuja soberania a China reivindica, e reafirmou a importância da "paz" e da "estabilidade" naquela área, também vital para o comércio internacional.
Ainda em Camp David, Biden anunciou que Washington-Tóquio-Seul vão passar a dispor de uma "linha direta" para coordenarem respostas a ameaças aos três países ou na região do Indo-Pacífico.
Já hoje Coreia do Sul e os Estados Unidos iniciaram exercícios militares de grande envergadura na península coreana, na sequência da recente cimeira.
O Exército de Libertação Popular (as Forças Armadas da China) realizou exercícios militares aéreos e marítimos em torno de Taiwan no sábado, em resposta à passagem do vice-presidente taiwanês, William Lai, pelos EUA.
Em abril passado, a China também realizou exercícios militares ao redor da ilha quando a Presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, visitou os Estados Unidos, quando se dirigia para a América Central.
As tensões entre Taipé e Pequim aumentaram desde que Tsai Ing-wen chegou ao poder em 2016.
Fonte: NM