Economia
20 Fevereiro de 2023 | 15h15

População empregada sobe 1,9% no IV trimestre

A população empregada aumentou 1,9%, no IV trimestre de 2022, em Angola, face ao terceiro trimestre do mesmo ano, e consequentemente a taxa de emprego subiu em 0,6 ponto percentual (pp), face ao III trimestre.

De acordo com a Folha de Informação Rápida (FIR) do Inquérito ao Emprego em Angola (IEA), publicada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE),  a  taxa de emprego dos homens diminuiu 2,6 e das mulheres subiu 3,5 pp, face ao terceiro trimestre de 2022.

No mesmo período, de acordo com o documento a que ANGOP teve acesso, a taxa de emprego dos jovens com 15-24 anos (39,6%), foi superior em 5,1%, face ao terceiro trimestre do ano em referência.

Nos principais sectores da actividade económica, cerca de 50,0% da população empregada declararam que exercem o seu emprego principal na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca,  seguido do comércio a grosso e a retalho, com 21,7%.

Da população empregada, os dados indicam que a maior parte trabalha no sector privado, observando-se que o trabalhador familiar, sem remuneração, aumentou  2,3 pp, em comparação com o III trimestre de 2022.

Se comparado com o período homólogo,  a população empregada aumentou 7,3%, tendo a taxa de emprego dos jovens, com 15-24 anos,  aumentado em  4,9 pp em relação ao trimestre homólogo, de acordo com o documento.

Neste mesmo período, IV trimestre,  a população que trabalha na produção para o consumo próprio aumentou em 4,2 pontos percentuais.     

A amostra do IEA, permitiu constatar que a nível nacional a maioria das pessoas empregadas encontra-se  no emprego informal, 80,5%,  das quais 72,3%  homens e 87,9% mulheres.

Na referida percentagem, 50,5% trabalham por conta própria (50,3%), 29,5% trabalhadores familiares e 10,7% trabalham para o consumo próprio.

Olhando para as idades, a população empregada com 15 ou mais anos foi estimada em 11,6 milhões, sendo 5, 5 milhões homens e 6,  milhões mulheres.

 A taxa de emprego foi estimada em 63,1%, sendo na área rural significativamente superior à urbana (79,7% e 54,4%), respectivamente, à semelhança da evolução ocorrida em quase todos os trimestres, resultando numa diferença de 25,2 pp.

Ao contrário dos números da população empregada, o inquérito apresenta que a  desempregada, com 15 ou mais anos,  está estimada em 4,9 milhões,  sendo 2,42 milhões homens e 2,49 mulheres.

Estes números levaram o desemprego da população, com 15 ou mais anos, para 29,6%, sendo a mais elevada para os homens com 30,4%, e ligeiramente reduzida para as mulheres na ordem dos 28,9%.  

Mas se comparado com o III trimestre de 2022, a população desempregada com 15 ou mais anos, aumentou 0,2%, no IV trimestre.

Já a taxa de desemprego da população, com 15 ou mais anos, diminuiu 0,4 ponto percentual.

Se comparado com o período homólogo, 2021,  a população desempregada diminuiu 8,0%, em relação ao trimestre homólogo e a  taxa de desemprego diminuiu 3,3 pontos percentuais, que corresponde a uma variação de menos 10,0 %.

O IEA é um inquérito por amostragem, dirigido a população residente em habitações familiares em Angola.

Por trimestre, são seleccionados um total de 10.944 agregados familiares, sendo 6.036 na área urbana e 4.908 na área rural.

A recolha de dados  em  18 províncias contou com uma equipa de campo para cada província, com excepção de Luanda, que contou com duas, entre supervisores  de equipa,  inquiridores, cartógrafos,  que cobriram os agregados seleccionados, de acordo com a amostra.

O IEA é um inquérito por amostragem, dirigido a população residente em habitações familiares em Angola. Os dados foram ponderados, tendo por referência as estimativas da população residente em Angola, calculadas a partir dos resultados definitivos do Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH) 2014 e da Projecção da População para o período 2014-2050. NE/AC

Marginal de Luanda © Fotografia por: Pedro Parente (Angop)

Fonte: Angop