Política
13 Janeiro de 2023 | 11h27

Presidente da Zâmbia satisfeito com infra-estruturas do Corredor do Lobito

O Presidente da Zâmbia, Hakainde Hichilema, manifestou esta quinta-feira, na província de Benguela, satisfação com as potencialidades do Corredor do Lobito.

Depois de assistir a um vídeo institucional, Hakainde Hickilema questionou se o Porto do Lobito pode chegar ao nível de Walvis Bay, na Namíbia, segundo o ministro dos Transportes, Ricardo D’Abreu, à imprensa.

O governante angolano disse ter respondido que o Porto do Lobito tem a vantagem de estar muito mais perto do seu país, facilitando as transações comerciais, e possui um potencial muito diferente daquele que Walvis Bay pode garantir.

Explicou que o Corredor do Lobito tem várias dimensões, nomeadamente as infra-estruturas disponíveis a nível portuário e ferroviário e um conjunto de benefícios que Angola pode providenciar para a Zâmbia, particularmente no domínio do agro-negócio e da indústria transformadora.

Acrescentou que se forem criadas condições para a concessão, o Consórcio Trafigura Pte, Vecturis, SA e Mota Engil, vencedor do concurso, vai melhorar e dinamizar ainda mais a capacidade operacional e garantir infra-estruturas de suporte e toda a actividade logística ao longo do Corredor.

"Estamos a falar de duas plataformas logísticas. Uma na Caála, província do Huambo, e outra no Luau, Moxico, que vão potenciar o Corredor, principalmente nas mercadorias que entram em trânsito para o país", frisou.

Ricardo D’Abreu afirmou que o Corredor do Lobito não se esgota para a Zâmbia e a República Democrática do Congo (RDC), pois pode chegar mais longe, e "é o que estamos a fazer em trabalho conjunto como consórcio".

Questionado sobre a entrada em funcionamento do Consórcio, disse que neste momento o Ministério dos Transportes está a finalizar os actos administrativos necessários, que poderão terminar já neste mês de Janeiro.

O Consórcio ficará com a responsabilidade pela gestão, exploração e manutenção de infra-estruturas e transporte de mercadoria pesada no Corredor, assegurar os serviços de manutenção nas oficinas do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB) e a dinamizar o Centro de Formação no Huambo.

A construção de um ramal que vai ligar Angola à Zâmbia é outra das tarefas.

O CFB vai ocupar-se do transporte de passageiros e mercadoria de pequeno porte.

Fonte: Angop