Economia
09 Janeiro de 2023 | 09h29

Índice de preços de alimentos da FAO cai 1,9 por cento

O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) caiu 1,9 por cento em Dezembro de 2022, a nona queda consecutiva.

A média foi de 132,4 pontos em Dezembro, 1 por cento abaixo do ano anterior. No entanto, o resultado de 2022 é de 143,7 pontos, 14,3 por cento acima do valor médio de 2021.

O economista-chefe da FAO, Maximo Torero, comentou que os preços mais estáveis das commodities alimentares são "bem-vindos após dois anos muito voláteis”. Afirmou que é importante permanecer vigilante e manter um forte foco na mitigação da insegurança alimentar global, uma vez que os preços mundiais dos alimentos permanecem altos.

Maximo Torero avança que com muitos alimentos básicos perto de preços recordes e com o arroz subindo, ainda há muitos riscos associados ao abastecimento futuro.

Segundo o relatório da FAO, as cotações mundiais de óleo vegetal lideraram a queda, com 6,7 por cento em relação a Novembro e atingindo seu nível mais baixo desde Fevereiro de 2021.

As cotações internacionais de óleo de palma, soja, colza e girassol caíram em Dezembro, impulsionadas pela importação global moderada, demanda e perspectivas de aumento sazonal da produção de óleo de soja na América do Sul, bem como redução nos preços do petróleo bruto.

Preços dos cereais

Já o que se paga pelos cereais também caiu 1,9 por cento em relação a Novembro. As colheitas em andamento no Hemisfério Sul impulsionaram a oferta exportável de trigo, enquanto a forte concorrência do Brasil reduziu os preços mundiais do milho.

Os preços internacionais do arroz subiram puxados pelas compras asiáticas e pela valorização da moeda frente ao dólar dos Estados Unidos para os países exportadores.

Segundo a FAO, quem consome carne, encontrou o produto 1,2 por cento mais barato nos supermercados em relação a Novembro.

A queda do índice, no último mês do ano, foi provocada pelos preços mundiais mais baixos das carnes bovina e de aves, mas, parcialmente compensada pelo aumento do valor das carnes suína e ovina.

Dezembro também foi de alta para os derivados do leite, de 1,2 por cento, após cinco meses de quedas consecutivas.

Os preços internacionais do queijo, reflectindo o aperto nas condições do mercado, também subiram, o que impulsionou o aumento mensal do índice, enquanto as cotações internacionais da manteiga e do leite em pó caíram.

O preço do açúcar aumentou 2,4 por cento em relação a Novembro, principalmente devido a preocupações com o impacto das condições climáticas adversas no rendimento das safras na Índia e atrasos na moagem de cana-de-açúcar na Tailândia e na Austrália.

Fonte: JA