Saúde
10 Outubro de 2022 | 16h22

Angola quer aumentar as taxas de aleitamento materno nas famílias

O Ministério da Saúde (MINSA) está apostado em melhorar as taxas e práticas de aleitamento materno, enquanto necessidade fundamental para a saúde das crianças que requer acção de múltiplos actores.

Essa melhoria, segundo uma nota do MINSA, distribuida hoje, segunda-feira, à imprensa, citada pela ANGOP, passa pela participação dos profissionais de saúde, empresas, sociedade civil,  assim como a criação de unidades de saúde, comunidades e locais de trabalho amigas da amamentação. 

 A aposta  na protecção, promoção e apoio ao aleitamento materno constituem estratégias fundamentais que devem ser reforçadas a nível das instituições e dos indivíduos, para melhorar a prática da amamentação. 

Para melhorar a informação sobre o papel de cada uma das pessoas no aleitamento materno e encorajar esta prática como parte da segurança alimentar e nutricional, o Ministério da Saúde e seus parceiros realizaram em Luanda, o lançamento da Semana do Aleitamento Materno, celebrado internacionalmente de 01 a 08 de Agosto. 

Dados da OMS, mostram que em todo o mundo, anualmente, mais de 820 mil vidas de crianças menores de cinco anos poderiam ser salvas, se todas as crianças dos 0 aos 23 meses de idade fossem amamentadas convenientemente. Lamentavelmente, a nível mundial, quase 2 em cada 3 bebés não são amamentados exclusivamente durante os 6 primeiros meses de vida como recomendado. 

De acordo com a Directora Nacional de Saúde Pública, Helga Freitas, é necessário inverter o actual cenário de baixas taxas de amamentação, em benefício das crianças e das mães. Por isso, promover a prática do aleitamento materno insere-se nos esforços de Angola para a redução da mortalidade materna e infantil. 

"Sabemos que o aleitamento materno tem benefícios e pode ser uma estratégia importante para melhorar os indicadores de saúde. Neste sentido, é nossa convicção continuar a apostar na melhoria da informação, educação e na criação de ambientes favoráveis ao aleitamento materno”. 

Estudos mostram que o aleitamento materno é um dos melhores investimentos para salvar vidas infantis, melhorar a saúde, promover o desenvolvimento social e económico dos indivíduos e nações.    

Para garantir o aleitamento materno bem-sucedido, a OMS e o UNICEF definiram os Dez Passos para o aleitamento materno, uma abordagem estratégica que resume um pacote de políticas e procedimentos que as instituições devem implementar para criar um ambiente favorável de apoio ao aleitamento materno. 

As maternidades e unidades de saúde que implementam com sucesso os "Dez Passos para o aleitamento materno’’, recebem a Designação de Centros de Excelência para o Aleitamento Materno.  

Os critérios para esta designação incluem, entre outros, a promoção do contacto pele a pele da mãe com o recém-nascido e o início do aleitamento o mais cedo possível de forma a garantir o sucesso da amamentação e promover a prática do aleitamento materno exclusivo durante os primeiros seis meses de vida.­ 

O leite materno tem tudo de que o bebé precisa até o sexto mês de vida. Quando recebe só leite materno, não precisa consumir chá, sucos ou água. O leite materno já contém a água de que o bebê necessita, mesmo em locais muito quentes.

Aleitamento Materno © Fotografia por: José Cachiva (Angop)

Fonte: ANGOP