A Selecção Nacional de futebol para amputados, decide hoje, às 18h00, diante da similar da Turquia, no Estádio Galatasaray Nef, na cidade de Istambul, o troféu da XVII edição do Campeonato do Mundo.
Depois de ultrapassar as selecções da Inglaterra (bicampeão mundial), Brasil (tricampeão) e do Haiti (único sem título), o combinado nacional espera vencer o desafio com maior ou menor dificuldade.
Para voltar a conquistar o troféu, objectivo definido para esta competição, o grupo terá de ser um conjunto forte, concentrado e comunicativo durante o jogo para superar o adversário.
A Turquia, por sua vez, vai jogar pressionada porque enfrenta o opositor diante do seu público e pesa sobre si, o facto de ter perdido na edição passada diante do adversário de hoje.
Durante o primeiro turno os turcos defrontaram, teoricamente, os adversários mais fracos da competição e evitou o confronto directo com os angolanos, ao ocupar a segunda posição da série A.
O desafio promete um despique renhido, entre selecções que voltam a se cruzar na final, depois de na edição passada disputada, em 2018, na cidade de Guadalajara, México, Angola conquistar o troféu pela primeira vez.
Com estes ingredientes estão lançados os dados para uma grande final, entre o anfitrião e o detentor do título. De resto, Aguarda-se por um óptimo espectáculo entre o campeão e o aspirante há seis edições.
Na fase de grupos, Angola ocupou a primeira posição e invicta da série F, com nove pontos. Os campeões do mundo marcaram 15 golos e sofreram apenas um tento.
No segundo turno, os angolanos derrotaram com imensas dificuldades os ingleses, por 1-0, para os oitavos-de-final, depois suplantaram o Brasil (2-1), referente aos quartos-de-final, disputadas na instalação da Federação Turca de Futebol (TFF), na vila de Riva, província de Istambul.
Antes, no mesmo recinto desportivo jogam, às 14h00, Haiti e Uzbequistão, para a definição do terceiro classificado da tabela classificativa do mundial, numa partida que se espera equilibrada entre selecções que falharam o objectivo de conquistar o troféu mundial.
Apesar do favoritismo do Uzbequistão, terceira selecção no ranking da Federação Internacional de Futebol para Amputados (WAFF, sigla em inglês), com três troféus mundiais, o Haiti promete contrariar no máximo o adversário e quer ficar entre os três classificados da competição.
Na fase de grupos, o Haiti foi primeiro classificado da série A, com sete pontos, e o Uzbequistão ocupou a primeira posição do E, com seis.
Na sexta-feira, os haitianos foram derrotados pelos angolanos, por 2-4, no campo número 4 da Federação Turca de Futebol (TFF), na vila de Riva, na província de Istambul, referente à primeira meia-final da prova.
Noutro desafio das meias-finais, os uzbeques perderam diante dos turcos, por 0-1, no Estádio do Parque Besiktas Vodafone, em Istambul.
Leonel Pinto enaltece feito de Angola na prova
A presença na final do Campeonato do Mundo de futebol para amputados eleva Angola e a África no mundo, afirmou o presidente do Comité Paralímpico Angolano, Leonel da Rocha Pinto.
Em declarações à ANGOP, após a qualificação da Selecção Nacional à final do evento, que termina hoje em Istambul (Turquia), o dirigente lembrou tratar-se da terceira final depois do México, em 2014 (vice-campeã) e em 2018, no mesmo país (campeã).
"Estamos felizes com a proeza da nossa selecção. Vamos disputar a terceira final do mundial e tudo faremos para revalidarmos o título", destacou.
O também presidente da Confederação Africana da modalidade, considera serem os resultados alcançados reflexos do esforço e determinação individual de cada membro do conjunto visando o objectivo de revalidação da prova.
O responsável alertou que não será fácil vencer a Turquia no seu próprio reduto, mas lembrou ser possível com a determinação e a humildade que caracteriza o colectivo.
CHETO BAPTISTA
"O grupo está coeso e motivado"
O Seleccionador Nacional, Cheto Baptista, garantiu, ontem, à imprensa que os atletas estão tranquilos e coesos para revalidarem o título mundial, no Estádio Galatasaray Nef, em Istambul.
"O grupo está coeso e motivado para disputar um bom jogo amanhã (hoje). Esperamos proporcionar um óptimo espectáculo, porque são duas equipas fortes que vão procurar lutar pelo troféu”, disse o treinador.
Acrescentou que depois de ter chegado à final, o grupo está tranquilo, melhor preparado e confiante na revalidação do título.
"A rapaziada está totalmente tranquila. Tivemos uma trajectória difícil para chegarmos à final. Disputamos três jogos fortes, com os candidatos ao título e mostrámos que não viemos para fazer turismo, mas para revalidar o título, se Deus permitir”, disse o técnico.
Cheto admite que vai ser difícil, devido ao nível técnico apresentado pelas duas selecções durante a fase de grupos.
"Reconhecemos que vai ser um desafio difícil, porque vamos jogar contra os anfitriões e com o público. Sabemos que quem organiza, quer ganhar, mas por vezes não acontece. Por exemplo, o México albergou duas vezes o Campeonato do Mundo e não venceu nenhuma delas”, lembra o seleccionador.
O técnico confirmou a vontade dos atletas em quererem repetir a proeza da edição anterior, disputada em 2018, na cidade de Guadalajara, onde Angola venceu, por coincidência, o mesmo adversário na final.
"Não vamos entrar a tremer, mas fazer o nosso jogo porque o nosso objectivo é revalidarmos o título. Temos fé que com o trabalho realizado durante os três meses, vamos ultrapassar a selecção da Turquia. Mas, não será fácil a partida”, destacou optimista.
Fonte: JA