Frente aos Bafana Bafana, os Palancas Negras jogam uma cartada decisiva com o intuito de passarem a eliminatória, apesar de o jogo ser de elevado grau de dificuldade.
Ainda assim, o conjunto angolano quer fazer parte do grupo das 16 melhores nações apuradas para o CHAN, com a ambição de voltar a discutir os lugares cimeiros da competição, depois do feito de 2011, vice-campeão africano.
Caso pretenda carimbar o passaporte para a Argélia, Angola tem de entrar destemida e procurar jogar no erro do adversário. Os comandados de Pedro Gonçalves têm de encarar os sul-africanos olhos nos olhos e não se deixarem intimidar pelos adeptos da equipa da casa.
O "onze” nacional tem de estar mentalizado e preparado para superar os obstáculos que, eventualmente, possam encontrar no decorrer do desafio, sobretudo o ambiente totalmente hostil, que virão das bancadas por parte dos fervorosos adeptos sul-africanos.
Depois do triunfo há sete dias, no Estádio Nacional 11 de Novembro, a Selecção Nacional mostrou ser uma equipa competente e comprometida com o apuramento, mas terá de jogar ao melhor nível, de modo a garantir à tão ambicionada qualificação.
Se o conjunto angolano fizer um jogo inteligente e optar pelo colectivo, vai, naturalmente, conseguir um resultado positivo no reduto do adversário. Para que tal aconteça, a equipa nacional tem de traduzir em golos as oportunidades a serem criadas, de forma a regressar de Joanesburgo com o apuramento na bagagem.
Angola tem de ter capacidade de sofrimento e estar única e exclusivamente focado no objectivo primordial, que visa rubricar o passaporte para a prova continental.
A jogar num terreno totalmente adverso, o treinador Pedro Gonçalves está obrigado a alterar a estratégia da equipa nacional, bem como abdicar do desenho táctico (4-4-2), que apresentou no embate da primeira mão.
Na condição de visitante, a Selecção Nacional deve optar pelo sistema táctico 4-5-1 desdobrável, porque vai obrigar o conjunto sul-africano a subir no terreno, depois sair no contra-golpe para visar à baliza adversária.
Com o central Kinito (Petro de Luanda) e médio Lépua (Sagrada Esperança), recuperados dos respectivos problemas físicos, o técnico Pedro Gonçalves esfrega as mãos de contente, visto que ambos os jogadores são peças fundamentais e transmitem confiança à equipa nacional.
Angola deve entrar de início na baliza com Neblú, quarteto defensivo formado por Tó Carneiro, Eddie Afonso, Danilson e Kinito. Na linha intermédia podem cinco unidades, nomeadamente Herenilson, Megue, Jaredi, Gilberto e Higino, sendo que a despesa de ataque é entregue a Zine Salvador, num claro 4-5-1.
Trio malgaxe
Ibrahim Dimbiniaina, árbitro do Madagáscar, vai dirigir o jogo entre África do Sul e Angola, com os assistentes Velomanana Ferdinand Jinoro e Abdoul Ohabee Kanoso (Madagáscar). Mohau John, também, malgaxe, vai desempenhar o papel de quarto árbitro, ao passo que o comissário ao jogo é Ramphul Raj, do Lesoto.