Desporto
15 Junho de 2022 | 09h58

1º de Agosto - gigante que revela “pés de barro”

Fundado há 45 anos, o 1º de Agosto foi um dos primeiros Clubes no período pós independência, alcançada em 1975, mas que à data atravessa dificuldades que desvendam uma realidade até então impensável.

Até 2014, altura em que se começou a falar em crise financeira em Angola, ainda que em círculos restritos, era muito difícil cogitar tal possibilidade nesta agremiação, das mais representativas do país, em termos desportivos e sociais.

Os problemas em que está mergulhado, de tal maneira que até falta dinheiro para salários, é um alerta sobre as verbas movimentadas no sistema desportivo nacional, a forma como são distribuídas entre os fazedores da coisa e, sobretudo, como são aplicadas.

Tem sim valor inegável esta formação, cuja fundação deveu-se a uma estratégia de fomento e desenvolvimento do desporto definida pelas então Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (F.A.P.L.A), por via do Comité Desportivo Nacional Militar (CODENM).

Também é lhe reconhecido o facto de ser a colectividade com a maior infra-estrutura desportiva e social, ainda na última fase de construção, mas com o senão de todo esse prestígio ter sido conseguido com avultadas somas provenientes do erário público.

O 1º de Agosto não é o único clube cujo orçamento é descontado aos milhões de angolanos, mas ao menos é o primeiro, nestes anos de independência, a direccioná-los em infra-estruturas, beneficiando cidadãos de Cabinda ao Cunene.

Construído, na Avenida 21 de Janeiro, em Luanda, numa área de 4.816 metros quadrados, a Cidade Desportiva comporta campos de futebol para os escalões de formação e um estádio denominado "França Ndalu”, com capacidade para 20 mil espectadores.

 

Fonte: Jornal de Angola