Até 2014, altura em que se começou a falar em crise financeira em Angola, ainda que em círculos restritos, era muito difícil cogitar tal possibilidade nesta agremiação, das mais representativas do país, em termos desportivos e sociais.
Os problemas em que está mergulhado, de tal maneira que até falta dinheiro para salários, é um alerta sobre as verbas movimentadas no sistema desportivo nacional, a forma como são distribuídas entre os fazedores da coisa e, sobretudo, como são aplicadas.
Tem sim valor inegável esta formação, cuja fundação deveu-se a uma estratégia de fomento e desenvolvimento do desporto definida pelas então Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (F.A.P.L.A), por via do Comité Desportivo Nacional Militar (CODENM).
Também é lhe reconhecido o facto de ser a colectividade com a maior infra-estrutura desportiva e social, ainda na última fase de construção, mas com o senão de todo esse prestígio ter sido conseguido com avultadas somas provenientes do erário público.
O 1º de Agosto não é o único clube cujo orçamento é descontado aos milhões de angolanos, mas ao menos é o primeiro, nestes anos de independência, a direccioná-los em infra-estruturas, beneficiando cidadãos de Cabinda ao Cunene.
Construído, na Avenida 21 de Janeiro, em Luanda, numa área de 4.816 metros quadrados, a Cidade Desportiva comporta campos de futebol para os escalões de formação e um estádio denominado "França Ndalu”, com capacidade para 20 mil espectadores.
Fonte: Jornal de Angola