Separados na tabela classificativa por seis pontos, tricolores (1º/65 pontos) e diamantíferos (2º/59) medem forças pela primazia, num jogo que pode definir o campeão, em caso de vitória da equipa de Luanda.
Trata-se de um jogo entre dois conjuntos com características completamente distintas: será o confronto entre o futebol veloz dos diamantíferos, contra a qualidade de transição dos tricolores.
Apesar do ligeiro favoritismo atribuído ao Petro de Luanda, em virtude do histórico de confrontos entre ambos e o bom momento da equipa de Alexandre Santos, espera-se muito do Sagrada Esperança, sobretudo da sua dupla de ataque, Jó Paciência e Luís Tati, simplesmente os actuais "abonos de família” da avalanche ofensiva da equipa Lunda, desde a saída do goleador Depú.
Os tricolores não pensam em outro objectivo que não seja a conquista dos três pontos que os coloca, irremediavelmente, a um passo de erguerem o troféu e colocarem um ponto final às 12 penosas épocas de jejum.
Tem contribuído para elevar a confiança e aguçar a expectativa do conjunto às ordens de Alexandre Santos o excelente ambiente que se vive no balneário, mercê da recente prestação positiva patenteada na Liga dos Clubes Campeões Africanos, onde voltaram a atingir as meias-finais.
Mas o Petro precisa precaver-se do potencial atacante da equipa treinada por Roque Sapiri, caso queira continuar a alimentar o sonho do título. O Sagrada é um conjunto matreiro e que sabe adormecer o adversário, criando condições para em momentos cruciais protagonizar o golpe fatal.
Residem na defesa as principais fragilidades do Petro, pois os últimos jogos mostram que a maior parte dos golos sofridos pela equipa surgiram de jogadas pelas alturas. Ou seja, o conjunto petrolífero não se dá muito bem com o jogo aéreo, curiosamente um ponto fortíssimo dos diamantíferos, que tiram melhor partido dos lances de bola parada.
Portanto, ao Petro não bastará confiar no seu meio-campo criativo, onde a magia do futebol artístico de Megue, Soares ou Job fazem toda a diferença. A dupla de centrais Kinito e Pinto há muito que revela dificuldades com as bolas pelas alturas e precisa de corrigir este item, sob risco de ser surpreendida.
Adivinha-se que o Petro venha a entrar para este jogo com tudo e mais alguma coisa. Os tricolores desejam fechar a época em grande e perseguem o título há 12 anos, desde o último conquistado em 2009. O jejum já vai longo e a equipa encara o jogo desta tarde como se de uma final se tratasse.
O técnico dos tricolores não só deposita as apostas no seu ataque mortífero, assente no dueto formado por Yano e Tiago Azulão, mas também confere liberdade a um meio-campo que acumula uma mescla de força e resistência.
No desafio da primeira volta, recorde-se, o Sagrada Esperança derrotou o Petro de Luanda, por 2- 1, pelo que, o jogo deve assumir igualmente contornos de "ajuste de contas”.
Fonte: JA