O conferencista falou da importância da sua graduação em jornalismo em Havana (Cuba), onde colheu fortes influências literárias, particularmente do escritor, jornalista, editor, activista e político colombiano, García Márquez.

Durante o encontro o Luís Fernando deixou transparecer a sua grande paixão pela escrita, revelando que como escritor insaciável se sente correspondido pela qualidade e quantidade de fiéis leitores da sua obra, já que a circulação dos seus livros e as respectivas vendas o satisfazem de todo.

Ao debruçar-se sobre o início da sua carreira de escritor, Luís Fernando descreveu a sua paixão pelas coisas simples da vida, partilhadas e narradas na sua escrita: "Pela palavra, gosto de descobrir o mundo”.

Natural da aldeia de Tomessa, província do Uíge, o auto-considerado camponês e do amante do campo falou ainda da relação entre a função de jornalista e devescritor. Para ele a literatura ultrapassa o jornalismo, pelo prazer que se encontra no manuseio artístico da palavra.

No que se refere a tendência dos jornalistas migrarem para a literatura, o conferencista realçou que isso acontece porque o profissional da comunicação social com largo tempo em redacções, pelo ócio no tratamento da palavra, sente que lhe falta alguma coisa, pois os factos rígidos da notícia já não o satisfazem.

"Quem gosta da escrita sente-se morto se não escrever”, enfatizou o escritor. Embora não tenha tido tempo suficiente para esclarecer determinadas questões sobre a sua trajectória, prometeu voltar numa próxima oportunidade para o efeito.

Nesta conferência participaram várias individualidades da vida académica e social de Angola, Brasil, Itália e Portugal.

A próxima Conversa da Academia de Letras à quinta-feira, agendada para o dia 28 de Abril, a convidada será a escritora Maria Celeste Fernandes, que falará sobre a sua "Vida e Obra”, contando com a moderação da professora Inocência da Mata.

Os interessados em participar, poderão acessar o ID: 698576385 com a senha AAL2022