COVID-19
07 Janeiro de 2022 | 10h52

Vacinas contra a Covid-19 podem atrasar ligeiramente menstruação

Mulheres vacinadas contra a Covid-19 experienciam um pequeno atraso de quase um dia no seu período menstrual em comparação com aquelas que não foram vacinadas, sugere um novo estudo financiado pelo governo dos Estados Unidos.

Contudo, o número total de dias de menstruação não foi afetado, de acordo com a pesquisa realizada com aproximadamente quatro mil mulheres e publicada na revista especializada Obstetrics & Gynecology, reporta a Agence France-Presse (AFP).

A principal autora da pesquisa, Alison Edelman, da Oregon Health & Science University, disse à AFP que os efeitos são ligeiros e devem ser temporários, o que é "muito reconfortante", além de assegurar e validar aqueles que experienciaram mudanças.

O estudo também pode ajudar a combater a desinformação anti vacina sobre o tema, que é galopante nas redes sociais.

O ligeiro aumento do ciclo menstrual não é clinicamente significativo. Sendo que qualquer mudança de menos de oito dias é classificada como normal pela Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia.

Geralmente, os ciclos menstruais duram cerca de 28 dias, mas a quantidade precisa varia de uma mulher para outra.

Para o estudo, os cientistas analisaram dados anónimos provenientes de uma aplicação de rastreamento de fertilidade entre mulheres de 18 a 45 anos que não estavam a tomar contraceção hormonal.

Cerca de 2.400 participantes estavam vacinadas - a maioria com o imunizante da Pfizer (55%), seguido pelo da Moderna (35%) e Johnson & Johnson (7%).

Aproximadamente 1.500 mulheres não vacinadas também foram incluídas como comparação.

Entre o grupo vacinado, foram coletados dados de três ciclos consecutivos antes da vacinação e de mais três ciclos consecutivos, incluindo o ciclo ou ciclos em que a vacinação ocorreu.

Para indivíduos não vacinados, os dados foram coletados por seis ciclos consecutivos.

Fonte: NM