Os contratos municipais estão devidamente assinados e escolas como a de Padre Miguel, na zona oeste do Rio, têm a responsabilidade de preparar o grande regresso do carnaval carioca.
Desta vez, porém, há uma máscara comum entre os participantes, necessária para ajudar a combater o "bicho" da Covid-19, ainda à solta e não só pelo Brasil.
Tuane de Paula Ferreira, de 27 anos, é enfermeira e faz parte do grupo da Padre Miguel. Juntando as duas experiências, ela conta-nos que "a Covid-19 deixou as pessoas com sequelas, que originaram ansiedade e outros distúrbios". "E o samba, para quem não sabe, é o remédio da alma", sublinha.
Será mesmo um remédio para almas ávidas de se divertirem após mais de um ano de pandemia e de restrições.
A vacinação em curso é, aliás, essencial para o Carnaval voltar, avisaram as autoridades.
Óscar de Lima, de 58 anos, o diretor da Escola de Samba Padre Miguel, tentou "procurar a melhor altura para voltar a juntar o grupo" de dançarinos.
"Estou certo de que 90% das pessoas, aqui, têm pelo menos uma dose [da vacina anticovid] e muitos deles já tomaram também a segunda dose", garantiu o líder da escola.
A Padre Miguel conta com cerca de uma centena de pessoas e depois de ter sido afetada pela proibição de ajuntamentos para conter a rápida progressão da Covid-19 no Brasil, o terceiro país mais afetado do mundo, a escola está, de novo, no ativo e com o ritmo do samba a encher o salão dos ensaios.