COVID-19
26 Julho de 2021 | 12h20

França aprova passaporte sanitário anticovid

França vai ter passaporte sanitário. O controverso certificado anticovid para o acesso a espaços públicos foi aprovado nas primeiras horas desta segunda-feira pelo parlamento francês, com 156 votos a favor, 60 contra e 14 abstenções.

A votação decorreu um dia depois de milhares de pessoas terem contestado nas ruas a aplicação da medida no país.

A nova lei exige que todos os profissionais da saúde comecem a ser vacinados até 15 de setembro. Caso não o façam, correm o risco de suspensão. Será também obrigatório apresentar um passaporte sanitário para entrar em restaurantes, comboios, aviões, entre outros locais públicos.

De fora destas restrições ficaram os centros comerciais, pelo menos de uma forma generalizada, uma vez que o governo vai dar oportunidade a cada autarca de decidir se implementa ou não o passaporte sanitário no acesso a estes espaços na sua região.

No Twitter, o ministro da Saúde, Olivier Véran, saudou a votação dos deputados que aprovaram o projeto de lei governamental que prevê a extensão do passaporte sanitário e a obrigação de vacinar determinados setores profissionais.

Na semana em que o número de contágios de coronavírus aumentou 162% em França, o presidente Emmanuel Macron defende que as restrições são necessárias para proteger as populações vulneráveis e os hospitais, sem o recurso a novos confinamentos.

Atualmente em visita de Estado à Polinésia Francesa, o chefe de estado francês não hesitou em responder quando confrontado por um jornalista com as críticas de falta liberdade de escolha no país.

"Quanto vale a sua liberdade se hoje me diz que não quer ser vacinado, mas amanhã infetar o seu pai, a sua mãe ou a mim? Serei vítima da sua liberdade quando teve a oportunidade de proteger a si e a mim. Isso não é liberdade, a isso chama-se irresponsabilidade, chama-se egoísmo", retorquiu Macron.

Quem quiser ter o novo certificado, vai ter de comprovar estar totalmente vacinado contra a covid-19, ter um teste recente ao coronavírus com resultado negativo, ou recuperado há pouco tempo da doença.

A lei diz ainda que um decreto governamental irá delinear como tratar os documentos de vacinação de outros países.