Sociedade
30 Abril de 2021 | 09h17

Produção de energia cai e força apertadas restrições

A produção de energia eléctrica na Huíla caiu de 75 para 47 megawatts (MW), há já duas semanas, agravando as restrições de seis para 12 horas ao dia em cinco nos municípios do Lubango, Matala, Chibia, Humpata e Quipungo. A inoperância da barragem da Matala, actualmente em obras, cuja capacidade, quando em actividade, é de gerar 39 megawatts, assim a avaria de alguns geradores nas duas centrais térmicas é a causa do problema.

A central a gasóleo da comuna da Arimba com uma potência de 40 MW, está a fornecer apenas 16, a da Canguinda, também com 40 MW de capacidade, só abastece 11.
Ao todo a província está a gerar somente 27 MW, aos quais se juntam 25 dados pela térmica do Chitoto, no Namibe, através da interligação que existe entre ambas províncias num linha de alta tensão de 200 quilómetros.
No global, 83 mil consumidores registados pela Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE) na Huíla estão afectados pela situação, pois responde apenas a 60 por cento das necessidades.
Em conferência de imprensa, hoje, o director Regional Sul da Empresa Pública de Produção de Electricidade (PRODEL), Carlos Sebastião, admitiu que há uma importante baixa disponibilidade de geração de electricidade, provocada sobretudo pelas avarias de alguns grupos geradores.
Declarou que precisam-se acessórios sobressalentes para melhorar alguns grupos geradores avariados, além de investimento a nível de novas máquinas para superar o défice, pois são motores que funcionam as 24 horas do dia há nove anos e envelheceram.
Segundo a fonte, a produção de energia é maioritariamente a gasóleo e estão com um consumo diário de 450 a 500 mil litros por dia e acarreta elevados custos, que estão acima das receitas.
Avançou que as obras da Matala decorrem com normalidade, cujo prazo para conclusão mantêm-se para 2023.
A solução para o problema da fraca disponibilidade de energia, de acordo a fonte, passa pela com a conclusão da reparação e modernização da central da Matala, para cobrir toda a demanda dos municípios da província da Huíla.
A conclusão da linha de transporte da energia de Laúca, interligado a partir da província do Huambo, em curso de 2020, é outra esperança para mitigar a situação.

Fonte: Angop